NÃO-ME-TOQUE – Clima é de contagem regressiva no parque para a Feira

Postado em 26 fevereiro 2019 06:30 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Montagem de estruturas e obras para a 20ª edição movimentam o local

O dia no parque da Expodireto Cotrijal inicia cedo, por volta das 07h os primeiros trabalhadores envolvidos no pré-evento chegam e durante o dia trabalham para deixar todo o espaço pronto para essa que é uma das maiores feiras do agronegócio brasileiro. Mesmo sem a feira ter iniciado ainda – o que vai ocorrer em 11 de março – a preparação acontece muito tempo antes. O coordenador administrativo do parque da Expodireto Cotrijal, Marlon Lauxen, diz que neste ano a montagem das estruturas está mais adiantada do que em comparação com os outros anos, devido ao feriado de Carnaval anteceder a realização da feira. “Nós seguimos um cronograma que iniciou no dia 11 de fevereiro, a partir desse dia as empresas já estavam liberadas para virem até o parque e começar a montar, e elas [empresas] vêm gradativamente. Com 10 dias, já temos em torno de 40% de todas as estruturas montadas”.

Para chegar nesse percentual que Lauxen citou, mais de 700 trabalhadores de empresas terceirizadas – cada empresa que vai expor na Expodireto é responsável pela montagem dos estandes – trabalham diariamente para erguer as estruturas onde negócios poderão ser feitos e vidas serem mudadas. “Até o Carnaval esse número de trabalhadores aumenta. As empresas têm até a quinta-feira [da semana anterior] para terminar de ajeitar o seu espaço e no sábado e no domingo é o dia que nós fizemos a ‘maquiagem da noiva’ no parque, lavamos todo o piso, pintamos os cordões, dá uns retoques finais que precisa, eu digo que nesses dias é o dia de preparar a noiva para o casamento, para na segunda às 08h abrir o parque e já estar com ele prontinho”, comenta Lauxen, que trabalha na administração do parque desde 2000.

Nesse ano, além da preparação já estar mais adiantada, o parque que sedia a feira vai estar maior. Anunciado na cerimônia de lançamento em Porto Alegre, a Cotrijal ampliará de 84 para 98 hectares na edição que marca os 20 anos. Porém, Lauxen ainda registra uma fila de espera de mais de 100 empresas de segmentos como por exemplo, produção animal, sementes e indústrias de implementos que gostariam de estar na Expodireto. Para ele, a ideia é ampliar o parque para oferecer ao visitante, em especial ao produtor rural, opções diversificadas de produtos. “Outra situação que eu penso é que quando eu entrei, lá em 2000, o pessoal entrava com umas máquinas pequenas e hoje temos máquinas de todos os tamanhos, a tecnologia veio e as empresas estão ampliando o seu portfólio, tem uma gama de diversos produtos e que tem que trazer todos para cá”. Segundo um levantamento de Lauxen, em cada feira entram no parque mais de 2 mil máquinas. O planejamento do parque, na área de comercialização de espaços tem início em agosto de cada ano e é, para o coordenador, ‘um quebra-cabeça’, que até novembro está montado.

Antes, durante e depois
“Todo dia imprevistos acontecem, porque a feira é tão dinâmica, tão dinâmica, que a gente não sabe o que vai acontecer, a todo momento tem uma coisa diferente, ou surge uma ideia nova”, resume assim Lauxen sobre o dia a dia no trabalho que antecede a edição da Expodireto Cotrijal. Ainda assim, ressaltando que imprevistos podem acontecer, Lauxen diz que em nenhuma feira existiu o sentimento de ‘não vai dar tempo’. “Até é engraçado, quem vem de fora, olha tudo e diz que está bonito, mas eu que estou aqui dentro às vezes não enxergo. Tem certas coisas que já nos últimos dois ou três dias eu já sei que não vai dar para fazer e, essa é a minha função, dizer para a equipe focar no que pode ser feito. O problema maior é obra, que não se pode parar na metade, principalmente a pintura”.

Quem visita a Expodireto Cotrijal nota que o parque é referência na área de limpeza. É raro ver um lixo no chão, e, quando há, as equipes trabalham para deixar o espaço organizado e limpo para todos os visitantes. Entretanto, frisa Marlon Lauxen, a organização não se restringe somente a semana da feira. “A ‘pré’ limpeza já começa em janeiro e uma equipe de 20 a 30 pessoas realiza a lavagem de todo o parque. Depois tem a situação ‘da feira’, em que há uma equipe recolhendo, por exemplo, os cigarros deixados pelo chão, uma equipe que foca nos banheiros, as equipes de rua, as equipes que trabalham na Casa Cotrijal, Pavilhão Internacional, Restaurante e entre outros lugares aqui do parque que são nossos. Após a feira, uma empresa terceirizada realiza uma limpeza, dura cerca de 15 dias, chamamos de ‘a limpeza grossa’, que tira os restos de madeira, carpetes, adesivos e depois disso entra a minha equipe, que realiza a restauração de grama e entre outros trabalhos”.

Todo o lixo que a equipe – de 25 pessoas – de Marlon recolhe depois da ‘limpeza grossa’ é encaminhado para a reciclagem, uma preocupação que, segundo o coordenador, faz parte da função social da cooperativa de contribuir positivamente com o meio ambiente.

“De igual para igual”
Desde que começou a trabalhar no parque da Expodireto – Lauxen começou apenas uma semana antes da primeira edição da feira – o coordenador percebeu as mudanças que ocorriam no cenário do agronegócio. Ao longo do tempo, ele foi registrando cada vez mais a presença feminina no parque e na tomada de decisão dentro da propriedade. Para tanto, a capacidade dos banheiros femininos do parque foi ampliada para esta edição. “Nós tínhamos um cálculo de 70% homens e 30% mulheres nas primeiras feiras e hoje está de igual para igual, a mulher é quem decide e eles conversam sobre o que investir. É muito interessante isso e existe porque a cooperativa, há 10 anos, começou um trabalho de encontro de mulheres, reuniões, um clube das mulheres e elas se sentem parte”.

Símbolo da Expodireto
Até quem nunca pisou na terra da agricultura de precisão e no parque da Expodireto conhece as famosas bandeiras do Rio Grande do Sul e do Brasil. Lauxen relembra que já na primeira edição a ideia era fazer algo que chamasse a atenção. “Ligamos para o quartel do Exército de Santa Maria e pedimos uma bandeira do Brasil e eles nos emprestaram. O tamanho era de 16×12, mas mesmo assim o Nei [presidente da Cotrijal] achou pequena e mandamos fazer uma para o ano de 2001 de 20×14. Em 2004 fizemos a do Rio Grande do Sul, também no mesmo tamanho e é o mesmo da que tem em Brasília, na Praça dos Três Poderes”. Penduradas a 37 metros de altura e feitas com tecido de paraquedas, não há quem não se encante com as bandeiras ao chegar no parque da feira.

Diário da Manhã

Postado em 26 fevereiro 2019 06:30 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop