A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) trabalha contra o tempo para viabilizar financeiramente os trabalhos da Escola de Educação Especial Jesus de Nazaré. As aulas previstas para iniciarem em fevereiro podem ser adiadas ou até mesmo canceladas neste ano se o quadro não for revertido.
Para manter-se anualmente com suas atividades completas a escola necessita de cerca de R$ 250 mil reais. Porém é habitual mês a mês o caixa da instituição fechar em déficit e necessitar de eventos ou doações para ser equilibrado. No último ano a salvação parcial financeira veio no fechar de dezembro com a arrecadação de cerca de 30 mil reais com a Rifa organizada e comercializada voluntariamente, na qual foi sorteada uma moto. Mesmo assim vários empréstimos buscados junto terceiros que se solidarizaram com a entidade ainda restam ser pagos.
No centro do problema está o baixo valor destinado pelo FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O valor não cobre nem a folha salarial da entidade. Para que o pagamento dos honorários de professores e funcionários possa ser garantido, a direção da APAE reivindica aportes públicos do município, valores fixados período a período e não através de convênios que vez por outra tem atrasos ou quantias que também são muito abaixo do que a escola precisa.
Uma série de reuniões entre componentes da APAE e diretores da escola com representantes dos poderes políticos do município foi iniciada nesta semana e até aqui sem soluções. A expectativa é que possa vir dos cofres públicos do município uma compensação de valores para a APAE, que mesmo sendo entidade privada é a única instituição de atendimento a pessoas com necessidades especiais existente em Não-Me-Toque, um serviço especifico e necessário.
Um prazo foi estipulado pela direção da APAE para resolver a situação, este se encerra na próxima sexta-feira, 02 de fevereiro. Sem uma solução a Escola Jesus de Nazaré poderá adiar o retorno das férias.
Portal Não-Me-Toque
