Em tempos remotos, ainda na época do Império Bizantino, nas proximidades de onde hoje existe a cidade de Atbasar, no Kazaquistão (a qual pertencia à extinta União da República Soviética Socialista), existiram, segundo folclore local, dois Seres Mitológicos, um de Pescoço Alongado e outro de Alma e Pele Negras.
O de Pescoço Alongado se intitulava o Rei do lugar, tendo comandado a Província Local por certo tempo até ser deposto, por preocupar-se mais com seus caprichos pessoais do que com as necessidades do povo.
O de Alma e Pele Negras, comandou a Província por menos tempo, aparentava ser mais experiente, mais educado e mais apto a ocupar o cargo. Mas só aparentava.
Seus métodos de gestão eram ultrapassados, suas ideias retrógradas e suas práticas antissociais e desagregadoras.
Gostava de se fazer de vítima em algumas oportunidades e de traído em outras, mas tudo era planejado a fim de que a opinião pública aceitasse e concordasse com suas decisões de tirano.
Internamente gostava de dizer que chegou ao Poder sozinho, e que, portanto, tinha o direito de mandar e de fazer tudo a seu modo e ao seu gosto.
Para piorar, aparentava ser surdo, pois nunca ouvia ninguém. E, sempre tentava avalizar suas decisões, de Ditador, usando o nome de companheiros que o ajudaram a chegar ao Poder, mas que de fato nunca foram ouvidos ou consultados previamente, apenas eram comunicados em primeira mão de suas decisões.
Atbasar sempre foi e continua sendo até hoje uma cidade e uma região com enorme potencial, o qual prossegue quase que totalmente inexplorado, principalmente em razão dos Reinados destes Seres Mitológicos os quais, ao fim e ao cabo, representaram um retrocesso de 1.000 anos, em comparação as províncias próximas, retrocesso esse que ainda não foi superado, mas será, pois não há mal que sempre dure.
Quando o Ser de Alma e Pele Negras foi deposto, o de Pescoço Alongado tentou tomar o Poder novamente, mas não conseguiu.
Esta é a origem do dito popular, popularizado por Abraham Lincoln “Pode-se enganar a todos por algum tempo, alguns por muito tempo, mas não se pode enganar a todos o todo tempo.”.
(Colaboração de Régius Strelow Colossi)