MP pede a cassação do prefeito, vice-prefeito e dois vereadores eleitos do Salto do Jacuí

Postado em 31 dezembro 2020 16:02 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Segundo o Ministério Público, o voto era trocado por carne.

O Ministério Público do Estado, pediu a cassação de dois vereadores e da chapa que elegeu Ronaldo de Moraes, do PP, como novo prefeito de Salto do Jacuí. Segundo o Ministério Público, o voto era trocado por carne, doada pelo agricultor Marco Antônio Ottoni, financiador da campanha. Conforme o promotor Eduardo Pohlmann “essa não era a única forma de angariar votos”. Uma das condutas mais escancaradas de abuso do poder econômico envolvendo esse financiador, segundo o Promotor, se consistiu na pura e simples distribuição de dinheiro, na compra de votos através de dinheiro em espécie. “Há diversos áudios estarrecedores e esclarecedores de que ele afirma que investiu mais de R$ 1 milhão na campanha para comprar votos”.. diz Eduardo Pohlmann.

Ele destaca que uma vereadora eleita teria sofrido ameaças pelo financiador, após denunciar o caso. Em um áudio obtido pela reportagem do G1, Ottoni diz: “Essa louca não entra na prefeitura. Ela pede as conta e vaza do Salto, que eles vão degolar ela viva e vão comer o coração dela. Esse pessoal vai matar ela em praça pública. Então, pode avisar ela. Mexa comigo, mas mexa bem. Porque eu tenho força”. À reportagem do G1, Ottoni admite a compra de votos e as ameaças. Segundo ele, “o áudio da ameaça existe, porque foi uma coisa do momento, na verdade, ali, que aconteceu. Porque eu “tava” fazendo uma doação. Eu ia doar comida pra pobreza”,.. afirma ele. “Mas eu tenho total consciência que eu não fiz nada de ilegal. Que isso aí todo mundo dá, todo mundo gasta em campanha, desde que o mundo é mundo, e 90% da pobreza não vota sem alguém ajudar alguém”,.. continua Ottoni.

Ele afirma que a diferença de votos para o segundo colocado seria menor, não fosse o dinheiro investido na campanha. “Se eu gastasse ou não gastasse, ia dar! Não dava 900 votos, mas dava 700”, afirma o doador. “Quando as ideologias não têm mais o papel preponderante, ou seja, quando não é mais a opinião de cada um sobre o que é melhor pra cidade, o que é melhor para o bem comum que conta, mas sim o poder econômico, fatalmente a democracia perde os seus pilares de sustentação”, disse o promotor Eduardo Pohlmann.

Rádio Sobradinho

Postado em 31 dezembro 2020 16:02 por JEAcontece
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