Modo de Fazer Queijo Colonial é bem cultural de Carlos Barbosa

Postado em 28 novembro 2014 11:01 por JEAcontece
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A Cooperativa Santa Clara recebeu nesta quarta-feira, dia 26, o Certificado de registro do modo de fazer Queijo Colonial como bem cultural de natureza imaterial, concedido pela Administração Municipal de Carlos Barbosa. A solenidade de assinatura do Certificado e entrega à direção da Cooperativa aconteceu no Auditório da Santa Clara, reunindo conselheiros, mestres queijeiros, autoridades municipais e imprensa.

Na solenidade, o prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva, e a secretária de Indústria, Comércio e Serviços, Jéssica Andrioli, realizaram a assinatura do Título e o Certificado de Patrimônio Cultural Imaterial do Município, entregando-os ao presidente da Santa Clara, Rogerio Bruno Sauthier, e ao diretor Administrativo e Financeiro da Cooperativa, Alexandre Guerra.

O diretor Alexandre Guerra destacou a importância do modo de fazer o queijo colonial para a história da Santa Clara. “Vamos criar no Memorial a oportunidade das pessoas pesquisarem e interagirem com este conhecimento. Temos o compromisso de preservar esse conhecimento de geração em geração.” Sobre o papel dos mestres queijeiros na história da Cooperativa, Guerra fez questão de citar todos e agradecer: “Se a Santa Clara tem hoje, pelo 10º ano consecutivo, a marca mais lembrada e preferida, é também por causa de vocês.”

O presidente da Santa Clara ressaltou o trabalho de todos e a importância do registo do modo de fazer queijo colonial. “Esse vai ser um legado de valor inestimável para as futuras gerações. É um orgulho para nós, através da Santa Clara, sermos um pouco imortais através desse conhecimento”.

Encerrando os pronunciamentos, o prefeito Xavier destacou o trabalho do governo para viabilizar o registro e também da Santa Clara, me manter viva o modo de fazer o queijo. “Para o Município de Carlos Barbosa, isso é extremamente importante, faz parte da nossa história. A Cooperativa tem outros tipos de queijos, mas o queijo colonial se mantém. Outorgando à Cooperativa Santa Clara fiel guardiã do conhecimento do queijo colonial, e que tem um enorme valor, que essa história possa ser repassada, que busquemos ter esse reconhecimento estadual e nacional também”.

O MODO DE FAZER O QUEIJO COLONIAL

O primeiro queijeiro da Santa Clara, Fausto Breda, aprendeu o ofício em Lodi, na Itália, em 1909. Breda foi queijeiro da Cooperativa, então Latteria Santa Chiara, até 1911, quando assumiu como mestre queijeiro José Chies.

No dia 25 de abril de 1912, a recém-fundada Cooperativa de Laticínios União Colonial realizava sua primeira produção. Com os 152,8 litros de leite recebidos dos associados, foram produzidos 15,9 Kg de queijo colonial e 2,5 Kg de manteiga. Atualmente, a Cooperativa fabrica 20 tipos diferentes de queijos, em 50 apresentações, mas o Queijo Colonial continua sendo um dos destaques na linha de produtos que já soma 264 itens de laticínios e frigorífico.

O conhecimento do modo artesanal de fazer o queijo foi passado de José Chies para seu filho Armindo Chies, que exerceu a função de mestre queijeiro até o fim da década de 70. Outros mestres queijeiros também são responsáveis pela transmissão do conhecimento do modo de fazer o queijo colonial: Octávio Felici Cini, Ildo Malvez, Adelino Guerra, Ângelo Pedrucci, Luiz Cini, Geraldo Antônio Pedruzzi e José Luis Ipar Pravia.

A fim de valorizar este conhecimento dos mestres queijeiros, tornando-o perene, a Santa Clara solicitou à Administração Barbosense para obter o registro do modo artesanal como bem cultural do município. Para atender à solicitação, a Prefeitura criou, em 20 de novembro de 2012, a Lei Nº 2.838, que regulamenta o Registro do Patrimônio Imaterial do Município de Carlos Barbosa.

Toda a documentação reunida pela Santa Clara a respeito do método foi avaliada pela Comissão de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Carlos Barbosa, que realizou a inscrição do bem no Livro de Registro dos Bens de Natureza Imaterial.

O método artesanal de fazer queijo colonial terá sua salva-guarda no Memorial Santa Clara, onde uma mini-queijaria transmitirá o conhecimento através de workshops para os visitantes.

A reunião de informações para solicitação de registro contou com a gravação de depoimentos dos mestres queijeiros, que podem ser vistos no canal da Santa Clara no Youtube (www.youtube.com/coopsantaclara).

SOBRE A SANTA CLARA

Com 102 anos de história, a Santa Clara é a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. Com sede em Carlos Barbosa e presente, através de seus 5.000 associados, em mais de 100 municípios gaúchos, atua nos ramos de Laticínios e Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial, Farmácia e 20 unidades de varejo, entre supermercados e mercados agropecuários, nos municípios onde possui associados.

Acesse o vídeo “A arte de fazer o queijo colonial”

Fotos: Virginia Silveira/Cooperativa Santa Clara
1: Secretária Jéssica, prefeito Xavier, presidente Rogerio e diretor Alexandre
2: A partir da esquerda: Alexandre Guerra, Armindo Chies, Adelino Guerra, Luiz Cini, Rogerio Sauthier, prefeito Xavier, Ildo Malvez, Geraldo Antônio Pedruzzi e Jéssica Andrioli.

(Assessoria de Comunicação da Santa Clara)

Postado em 28 novembro 2014 11:01 por JEAcontece
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