Preocupação do Ministério será em selecionar os melhores alunos para ocupar as vagas no ensino superior

De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano terá como foco conhecimentos objetivos e não terá questões classificadas por ele como ideológicas.

O anúncio foi feito no programa Brasil em Pauta, exibido ontem (24), pela da TV Brasil, da EBC.

“Não vai cair ideologia, a gente quer saber de conhecimento científico, técnico, de capacidade de leitura, de fazer contas, de conhecimentos objetivos”, afirmou o ministro.

Ele acrescentou que o interesse do MEC é:

“simplesmente selecionar as melhores pessoas para ocupar as vagas nas faculdades. A nossa preocupação é mérito, só”.

O ministro ressaltou, na entrevista, que a aplicação do exame este ano está garantida.

Polêmica
As polêmicas sobre as questões do Enem começaram em 2015, quando um item de Ciências Humanas abordou o feminismo por meio de um texto da escritora Simone Beauvoir. No Enem 2018, uma questão citou o pajubá, dialeto criado por gays e travestis. A questão não cobrava conhecimento do pajubá, mas o que o caracterizava como um dialeto.

Em 2019, durante vídeo publicado na rede social do presidente Jair Bolsonaro, o ministro criticou as últimas edições do exame que, segundo o atual Governo, tinha questões de ideologia de esquerda.

Carteira estudantil será digitalizada
Ele falou ainda sobre a digitalização do MEC, que lançou, este ano, a carteirinha de estudante digital. A ID Estudantil começará a ser emitida em dezembro.

A digitalização também chegará ao Enem, que, ano que vem, terá aplicação por computador realizada de forma piloto.

O Enem 2019 será realizado nos dias 3 e 10 de novembro, em 1.727 municípios brasileiros. Mais de 5 milhões de pessoas farão o exame em 14 mil locais de aplicação de provas.

Diário da Manhã