A estiagem segue sendo pauta dos principais debates e discussões ligados ao agronegócio e ao uso da água. Por isso, o Uirapuru Ecologia do último sábado (12) voltou a abordar o tema. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater, Oriberto Adami, as perdas no campo, causadas pela falta de chuva, afeta também a cidade de forma econômica, pois o agro está diretamente relacionado com a economia do Brasil.
Adami explica que as estiagens são cíclicas. De tempo em tempo, acontecem perdas nas lavouras em razão da falta de chuva. Portanto os agricultores precisam começar a investir em sistemas para conseguir driblar esses problemas e produzir mesmo sem chuvas regulares. A irrigação pode ser uma saída, com a construção de açudes para reservar água, perfuração de poços artesianos ou reservatórios para guardar água quando chove.
Outro ponto importante que o agricultor precisa ter atenção e pode diminuir os efeitos de uma estiagem é a estruturação do solo, para que ele seja um armazenador de água natural quando as chuvas ocorram. Em solo compactado, a maior parte da água não é armazenada, dificultando ainda mais a produção em tempos de seca.
De acordo com o engenheiro agrônomo, Rafael Goulart Machado, especialista em solo da Emater de Coxilha, o ser humano ainda não encontrou uma maneira de controlar o clima, mas já encontrou saídas para lidar com os problemas climáticos. Machado também defende o armazenamento de água. Ele pode ser feito em reservatórios ou na questão da estrutura do solo. Conforme o especialista, o solo é composto por três fases: a sólida, líquida e gasosa, relacionados a matéria orgânica do solo.
Desse modo, o agricultor precisa ficar atento ao manejo do solo. Com um trabalho correto, com rotações de cultura, por exemplo, o tempo que o solo consegue ficar úmido é maior. Já em uma lavoura onde só há o plantio de uma cultura, o terreno vai se tornando cada vez mais superficial, fazendo com que a água das chuvas seque rapidamente e o solo não encharque.
Rádio Uirapuru