Leite sobre candidatura à Presidência: “Temos o que mostrar”

Postado em 11 março 2021 09:05 por JEAcontece
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Tucano nega rótulo de isento e diz que respeito a posições contrárias o diferencia na corrida eleitoral

O governador Eduardo Leite (PSDB) voltou a reafirmar nesta quarta-feira seu objetivo de disputar a presidência da República em 2022. Na coletiva de imprensa que antecedeu a reunião-almoço virtual “Tá na Mesa”, da Federasul, o governador disse que foi “buscado” por um grupo de deputados e lideranças do partido “que entendem que eu tenho algo a mostrar e a contar. E eu acho que temos aqui no RS”, assinalou.

A avaliação foi feita após o tucano, que está completando 36 anos nesta quarta, ser questionado sobre o que pretende apresentar como diferencial em uma corrida que tem como pré-candidatos hoje nomes experientes, com alta densidade eleitoral, e conhecidos nacionalmente, como o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido), seu companheiro no PSDB, o governador de São Paulo, João Dória, e, talvez, o ex-presidente Lula (PT).

“Não é sobre ser isento e ficar em cima do muro. É sobre ter posição e respeitar quem tem posição diferente. Acho que isto é um diferencial com potencial para se transformar em uma candidatura. Política é missão e é possível que venha a tarefa de liderar um projeto a nível nacional”, afirmou. Para exemplificar o que pretende apresentar, Leite disse que assumiu no RS em um quadro de situação crítica do ponto de vista fiscal, que está fazendo ajustes e reformas e encaminhando privatizações e que todas as iniciativas são sempre feitas “com diálogo, com a temperança que eu acho que é importante de estar presente na política, com equilíbrio, sensatez e sem cair no caminho fácil do radicalismo. Acho que a gente tem a mostrar um jeito de fazer política que o Brasil talvez tenha se esquecido. A política que respeita quem pensa diferente e que tem apresentado resultados concretos.”

Ele avaliou, contudo, que é necessário aglutinar as candidaturas de centro para poder avançar. E completou que apesar de o PSDB ter nesta semana antecipado suas prévias internas para o mês de outubro, os prazos podem voltar a ser alterados em função do momento político. “Muitas coisas estão acontecendo”, resumiu. Ambas as declarações fazem referências indiretas a possibilidade de retorno de Lula ao jogo eleitoral após a decisão do ministro Edson Fachin, do STF.

Nesta semana, Fachin anulou as condenações do petista em Curitiba, transferindo a competência dos casos para a justiça do Distrito Federal. A decisão precipitou diversos movimentos no ninho tucano, onde os dois principais padrinhos políticos do governador são o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tasso Jereissati (PSDB/CE). A definição de prévias para outubro com inscrições até agosto foi uma delas.

Ainda durante a coletiva, Leite voltou a rebater declarações de Bolsonaro sobre a utilização dos recursos destinados pela União ao RS. E projetou que sua própria sucessão não vai passar exclusivamente pelo PSDB. Cada dia mais próximo do MDB a nível local, o governador declarou que o candidato a sua sucessão passará por partidos aliados que tenham seus nomes, tenham seus quadros e estão ajudando na condução do projeto no RS. “Assim como no plano nacional precisamos enxergar a construção de um projeto de centro para além do PSDB, no RS também será assim. O certo é que eu não ser candidato à reeleição não significa que vou me omitir. O RS vive há pelo menos seis anos uma agenda de reformas que começou com o governador Sartori (MDB), que o PSDB apoiou, que hoje cumprimos com o nosso estilo, e que espero que tenha sequência.”

*Correio do Povo

Postado em 11 março 2021 09:05 por JEAcontece
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