Leite gira economia de pequenos municípios

Postado em 01 fevereiro 2019 07:03 por JEAcontece
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Além de benefícios no campo, a atividade tem sido responsável pela instalação de indústrias na cidades

A produção leiteira tem se firmado como moeda financeira importante na economia de municípios com populações menores. A atividade garante renda mensal para as famílias que, na monocultura de grãos, movimenta dinheiro dentro das propriedades no máximo duas vezes ao ano, com o cultivo das culturas de verão e do inverno.

Prefeituras criam incentivos com finalidade de fomentar a atividade, principalmente, dentro das pequenas propriedades rurais. O melhoramento genético dos rebanhos, com animais produzindo médias diárias que garantam lucratividade chega com orientações técnicas das secretarias municipais de Agricultura, que recebem reforço importante através de parcerias com Emater-RS e Sindicatos de Trabalhadores Rurais.

Um exemplo de incentivo à produção de leite vem do pequeno município de Santo Antônio do Planalto, com cerca de 2 mil habitantes, mas com economia calcada na produção que vem do campo.

De acordo com a diretora de Desenvolvimento Agropecuário, Mara Adames, com a finalidade de elevar a média produtiva por animais acima dos 20 litros diários, o município realiza a distribuição gratuita de sêmen para aqueles pequenos produtores que almejam ampliar o movimento de dinheiro dentro da propriedade através da bacia leiteira.

“Mesmo sendo um município pequeno e jovem já contamos com 55 propriedades rurais produzindo leite. Juntas são mais de duas mil cabeças produzindo o lácteo, garantindo renda mensal ao homem do campo, que antes tinha renda anual com a soja e milho, quando muito duas vezes ao ano, com o plantio de trigo no inverno. Hoje, o leite representa a segunda fonte econômica de Santo Antônio do Planalto, perdendo apenas para a produção de grãos”, disse a diretora.

No ano passado, mais de 200 animais produtores de leite receberam sêmens do programa de melhoramento genético do rebanho. O produtor paga o profissional da inseminação. O município produz cerca de 30 mil litros de leite por dia.

Cadeia leiteira estimula empregos na cidade
Chapada é outro município da região com uma bacia leiteira forte. Com cerca de 10 mil habitantes, tem a atividade em 487 propriedades rurais. Conforme a técnica em agropecuária, que atua na Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Samira Pinno, a atividade tem sido a grande responsável pela chegada de indústrias que ocupam como matéria prima o leite.

“Além de renda no campo, o leite tem garantindo empregos na cidade”, disse ela.

Segundo Samira, no ano passado, os produtores fecharam uma média diária de produção de leite na casa dos 70 mil litros.

“A atividade que garante renda mensal tem sido muito importante para o movimento da economia, principalmente, o nosso comércio”, frisou a técnica em agropecuária.

Samira concorda que hoje é indispensável investimentos objetivando o aumento médio de produção por animais, de preferência acima dos 20 litros por dia. No município, o plantel de vacas leiteiras fica próximo dos 8 mil animais. Em dezembro, os produtores receberam em média R$1,21 por litro de leite.

O custo de produção próximo deste valor é a reclamação de quem está na atividade. Mesmo assim, dizem haver margem de lucro. Conforme Samira, no verão sempre há registro de queda de produção de leite, na casa dos 10% em função das pastagens que são mais abundantes no inverno, com a semeadura de aveia.

Diário da Manhã

Postado em 01 fevereiro 2019 07:03 por JEAcontece
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