“Leandro não demonstrava preocupação com o sumiço do filho”, diz delegada que investigou o Caso Bernardo na época do crime

Postado em 21 março 2023 09:10 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

O novo julgamento de Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo iniciou nesta segunda-feira

Um dos casos que mais chocou o estado do Rio Grande do Sul ganha mais um capítulo nesta segunda-feira (20). O novo julgamento de Leandro Boldrini, acusado de ser cúmplice na morte do próprio filho em 2014, iniciou por volta das 9h com o sorteio dos jurados.

O conselho de sentença é composto por seis homens e uma mulher, que irão definir o futuro do réu. O júri foi remarcado a pedido da defesa que alegou algumas irregularidades, na primeira sessão,Boldrini havia sido condenado a 33 anos e 06 meses de prisão. A sentença dos demais réus foi mantida.

Pela tarde, a partir das 14h10, foram retomados os trabalhos com a oitiva da primeira testemunha de acusação, a delegada de Polícia Caroline Virginia Bamberg Machado, que conduziu as investigações à época. Durante seu depoimento, alegou que os policiais estranhavam as atitudes do pai de Bernardo. “Leandro não demonstrava preocupação com o sumiço do filho. Logo que Bernardo desapareceu, a comunidade se juntou para encontrar, mas o pai não mostrava nada”, destacou a chefe de polícia.

Acusação

Para o Ministério Público, Leandro foi o mentor intelectual do crime. Conforme a acusação, ele e Graciele não queriam dividir com Bernardo a herança deixada pela mãe dele, Odilaine (falecida em 2010), e o consideravam um estorvo para o novo núcleo familiar. O casal teria oferecido dinheiro para Edelvania ajudar a executar o crime.

Bernardo, não sabendo do plano, aceitou ir, em 04/04/14, até Frederico Westphalen com a madrasta para ser submetido a uma benzedeira. O menino acabou morto por uma superdosagem de Midazolan, medicação de uso controlado. Seu corpo foi enterrado na cova vertical, aberta por Evandro.
Para encobrir o crime, Leandro teria feito um falso registro policial do desparecimento do menino.

Defesa

No primeiro julgamento, a defesa de Leandro Boldrini sustentou a inocência dele. Afirmou que as acusações foram feitas em cima de conjecturas e de provas falsas, e que a imprensa teria criado a imagem de “monstro” do cirurgião.

Citou o depoimento da madrasta de Bernardo, Graciele, que disse que a morte do menino teria sido acidental, e que Leandro não sabia de nada.
Sobre as alegações de que o médico seria uma pessoa “fria”, a defesa argumentou que o réu não é uma pessoa emotiva e que foi “criado na ponta do facão”. Os advogados citaram declarações de testemunhas que falaram bem do relacionamento entre pai e filho.

Planalto News

Postado em 21 março 2023 09:10 por JEAcontece
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