La Niña não é sinônimo de estiagem, mas agricultores devem ter cautela com safras de verão, avalia especialista

Postado em 14 setembro 2020 06:02 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

O Departamento Norte-americano de Meteorologia confirmou o surgimento do fenômeno climático La Niña. Este fenômeno afeta todo o mundo e vai trazer também reflexos no Brasil. Sabemos que normalmente o La Niña faz reduzir as chuvas no Sul e aumentar no norte do Brasil. Em entrevista na Uirapuru, o agro meteorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha, explicou que depois de vários meses sendo alertado que o fenômeno tinha uma chance de acontecer a partir da primavera, foi de fato confirmado que o La Niña vai acontecer.

O fenômeno já está sendo registrado nas águas do Oceano Pacífico, fazendo com que a água fique mais fria e a circulação do vento fique maior. O evento deve permanecer ativo até o final do verão e alterar o volume de chuvas. O agrometeorologista ressaltou que de forma nenhuma La Niña está atrelado a estiagens prolongadas ou grandes problemas. Porém é preciso ficar claro que na nossa região ocorre uma redução no padrão normal das chuvas, principalmente na primavera e início do verão.

A expectativa é que as chuvas fiquem abaixo do previsto, mas não ocorra estiagem. Em relação as safras de verão, o especialista alerta para que os agricultores tenham cautela. De acordo com ele, as safras não devem ser recorde como em outros anos, por conta do fenômeno. Os agricultores devem procurar minimizar o risco e até mesmo acionar um programa de seguro rural, para possíveis problemas enfrentados no futuro. Cunha frisou que teve anos em que o fenômeno ocorreu e não houve alteração na produção, porém em outros o La Niña atingiu os produtores. Portanto trata-se de uma incógnita.

Postado em 14 setembro 2020 06:02 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop