Ficar atento aos sintomas, fazer a vacina contra o HPV e exames ginecológicos são algumas das formas de prevenção
Julho é o mês de conscientização do câncer ginecológico, que abrange o câncer do endométrio, câncer de ovário, câncer do colo do útero, câncer vaginal e câncer de vulva. Esse tipo de câncer mata cerca de 15 mil mulheres por ano no Brasil. No Rio Grande do Sul, conforme dados do DataSUS, são quase mil mortes ao ano.
A prevenção aos tumores ginecológicos é possível por meio dos exames de rotina e vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV), disponível gratuitamente na rede pública e indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. “O exame ginecológico deve ser feito praticamente por toda a vida, a partir do início da vida sexual ou a partir dos 18 anos, especialmente, por meio do Papanicolau com pesquisa do HPV, o que aumenta a chance de diagnóstico precoce e tratamento adequado, e, consequentemente, as chances de cura”, ressalta o oncologista do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alvaro Machado.
O oncologista salienta que os países que adotaram a vacinação contra o HPV obtiveram queda acentuada dos cânceres causados por este vírus, sendo o mais importante o do colo do útero, entre outros tipos. “Com a vacinação, as futuras gerações ficarão livres dessas neoplasias”, observa Machado.
Usar sempre preservativo durante o ato sexual, limitar o número de parceiros/as e não fumar também são importantes medidas de prevenção. Além disso, outros fatores devem ser observados com atenção. “Não é normal a mulher na menopausa apresentar sangramento vaginal. Mesmo que seja um pequeno ou eventual sangramento deve ser investigado. Outro ponto importante é para mulheres na pré-menopausa e sexualmente ativas: sangramento anormal ou dor no ato sexual também não é normal. Nesses casos, procure o seu médico ginecologista”, enfatiza o oncologista.
Confira mais informações sobre os cânceres ginecológicos mais incidentes nas mulheres:
Câncer de colo de útero
Dos cânceres ginecológicos, o de colo do útero é o mais incidente com uma estimativa de mais de 16 mil novos casos por ano. Em relação a todos os demais tipos, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
A principal causa desse câncer é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), com transmissão sexual, principalmente. A prevenção inclui exames de rotina, a vacina contra o HPV e o uso de preservativos.
Câncer de ovário
O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero com 6,6 mil novos casos por ano. Não costuma apresentar sintomas na fase inicial, mas quando cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante.
Os principais fatores de risco associados a esse câncer são: idade, histórico familiar de cânceres de ovário e de mama, mutações dos genes BRCA1 ou BRCA2, menarca precoce, menopausa tardia, obesidade e tabagismo.
Câncer de endométrio
O câncer de endométrio é mais frequente em mulheres após a menopausa e o sinal mais comum é o sangramento vaginal. São cerca de 6,5 mil novos casos por ano. Engravidar, prática de atividade física e peso corporal saudável são alguns fatores de proteção.
Jornalista Natália Fávero – Assessoria de Imprensa CTCAN
