Julgamento de acusados pela tragédia da Boate Kiss começa nesta quarta-feira

Postado em 29 novembro 2021 09:07 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Na próxima quarta-feira (1°/12), terá início o júri do caso Kiss, que deve ser o mais longo da história do Poder Judiciário gaúcho. O incêndio, ocorrido em 27/01/13 na Boate, em Santa Maria, vitimou 242 pessoas e deixou outras 636 feridas. O julgamento também é considerado o mais complexo, envolvendo cerca de 200 servidores de 20 setores do TJRS, que atuam na organização, logística, segurança, comunicação e transporte.

O Tribunal do Júri será presidido pelo Juiz de Direito Orlando Faccini Neto e será realizado no plenário do 2° andar do Foro Central I, na Capital, diariamente, a partir das 9 horas.

Confira abaixo mais informações sobre o julgamento:

CASO
Em 27 de janeiro de 2013 a Boate Kiss sediou a festa universitária “Agromerados”. No palco, se apresentava a Banda Gurizada Fandangueira, quando um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que pegou fogo. O incêndio, que se alastrou rapidamente, causou a morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos.

RÉUS
Elissandro Callegaro Spohr (sócio da boate), Mauro Londero Hoffmann (sócio da boate), Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da Banda Gurizada Fandangueira) e Luciano Bonilha Leão (produtor musical).

TRIBUNAL DO JÚRI
O Tribunal do Júri é composto pelo Conselho de Sentença, formado pelo seu Juiz Presidente, Orlando Faccini Neto, titular do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, e por 7 jurados que serão escolhidos por meio de sorteio na manhã de quarta-feira (1°/12).

ROTINA DIÁRIA
A previsão é que os trabalhos sejam divididos em três turnos (manhã, tarde e noite), a partir das 9 horas. Deverá haver 1 hora de intervalo para almoço/janta e pausa para descanso dos jurados. Essa é uma questão que foi definida pelo magistrado em consonância com as partes, conforme as peculiaridades de cada dia. Não haverá interrupção no final de semana.

DEPOIMENTOS
Serão ouvidas:
• 14 vítimas (indicadas pelo MP, Assistente de Acusação e pela defesa de Elissandro Spohr)
• 5 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público
• 5 testemunhas arroladas pela defesa de Elissandro Spohr
• 5 testemunhas arroladas pela defesa de Mauro Londero Hoffmann
• 5 testemunhas arroladas pela defesa de Marcelo de Jesus dos Santos

INCOMUNICABILIDADE
Jurados e testemunhas ficarão isolados em razão da incomunicabilidade. A diferença é que os jurados ficam nessa condição até o final do julgamento e as testemunhas são liberadas após prestarem depoimento.

Eles serão hospedados em hotéis e acompanhados em tempo integral por Oficiais de Justiça do TJRS. O transporte também será realizado pelo Poder Judiciário. A alimentação será fornecida por uma empresa terceirizada contratada pelo TJRS.

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Postado em 29 novembro 2021 09:07 por JEAcontece
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