De acordo com levantamento publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, o governo não conseguiu cumprir metas bem mais modestas de obras iniciadas há quatro anos em estradas federais concedidas. O jornal analisou a situação das obras previstas no último grande pacote de concessões de rodovias, licitado em 2007 e com contratos assinados em 2008, que apontavam investimentos de R$ 945 milhões (R$ 1,2 bilhão em valores atualizados) em 270 km de obras de duplicação e construção de estradas. Essas obras deveriam estar concluídas até o início de 2013, mas a tendência é que nenhuma fique pronta pronta no prazo. Até fevereiro, apenas pouco mais de R$ 100 milhões (cerca de 10% do prometido) haviam sido gastos nos projetos.

Dos oito grandes projetos, cinco não foram sequer iniciados, como é o caso do contorno de Florianópolis na BR-101/SC. Na proposta de duplicação do trecho da rodovia Régis Bittencourt (SP-PR) que passa pela serra do Cafezal, apenas 6 km estão prontos de 30 km previstos. A não realização das obras previstas pode gerar penalidades ao concessionário como multas, redução do valor do pedágio e até a perda da concessão, mas até agora poucas foram aplicadas.

Há diferentes avaliações para justificar os atrasos. No mercado, a informação é que as vencedoras dos leilões de 2007 ofereceram pedágios muito baixos e não têm dinheiro para realizar as obras. Vencedoras e governo alegam que os problemas foram licitações com projetos mal elaborados, que geraram mudanças e problemas com o licenciamento ambiental.

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