Janeiro Branco = saúde mental

Postado em 29 janeiro 2021 15:00 por JEAcontece
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O Janeiro Branco é uma campanha que estimula a reflexão sobre o relevante tema da saúde mental. Criada em 2014 por um grupo de psicólogos de Minas Gerais, busca discutir a necessidade dos indivíduos terem mais responsabilidade consigo mesmos e com os outros, dentro de uma perspectiva de alcance tanto individual como coletivo.

O objetivo é colocar esse assunto em evidência, promovendo a conscientização sobre a importância da prevenção ao adoecimento emocional, que tantos impactos nocivos gera, direta e indiretamente, a todos os envolvidos nesta condição.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em torno de 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão. O número é equivalente a 5,8% da população, colocando o país em segundo lugar no patamar americano, atrás apenas dos Estados Unidos. Estamos falando de uma doença mental que, segundo o estudo, pode alcançar de 20% a 25% das pessoas no Brasil. A ansiedade, por sua vez, afeta quase 20 milhões de brasileiros (cerca de 9,3% da população). Isso inclui o transtorno obsessivo-compulsivo, os problemas de fobia, estresse pós-traumático e até mesmo ataques de pânico. Já o suicídio é apontado pelo Ministério da Saúde como a quarta maior causa de mortes de jovens no país. São números expressivos e que, muitas vezes, ultrapassam outros indicadores relacionados à saúde e ao bem-estar da população.

Uma das questões que a campanha Janeiro Branco busca combater é justamente a falta de conhecimento sobre o tema, além de outros obstáculos que dificultam a discussão, visto que, historicamente, a saúde mental foi tratada como um tabu na maior parte do mundo. Por mais que os últimos dois séculos tenham trazido grandes avanços nos estudos da Psicologia e da Medicina, o tema demorou a ser abordado como uma questão social.

No Brasil, por exemplo, a Reforma Psiquiátrica, que é um grande marco em relação a isso, só ocorreu em 2001, sendo que algumas das dificuldades enfrentadas ao longo do processo persistem até os dias atuais.

Observa-se que, culturalmente, ainda é alto o percentual da população que não compreende a subjetividade humana como um possível alvo de transtornos e até mesmo de doenças. Por falta de conhecimento ou por diversos outros motivos, parte das pessoas não tem o hábito de conversar sobre isso, por medo de se expor ou de demonstrar uma suposta fraqueza. Entretanto, felizmente, já é consenso que a saúde emocional é tão importante quanto a saúde física, ao mesmo tempo em que vem se consolidando o entendimento de que ambas estão profundamente atreladas.

Embora o nosso organismo possa ser observado sob uma perspectiva biológica ou psicológica, o fato é que esses aspectos estão todos diretamente vinculados. O Ministério da Saúde reforça a importância de se ter hábitos saudáveis, tanto para o corpo quanto para a mente, e destaca alguns comportamentos e atitudes que podem contribuir, e muito, com a nossa qualidade de vida:

•Reserve um tempo para curtir a vida e a convivência com os outros
•Viva intensamente seus momentos em família
•Pratique atividade física
•Mantenha uma alimentação saudável
•Reforce seus laços de amizade
•Não abra mão de boas noites de sono
•Não tenha vergonha de buscar ajuda de profissionais

Depressão, ansiedade e outros transtornos emocionais devem ser discutidos mais abertamente para que possam ser prevenidos e devidamente tratados. Cuidar da saúde mental é autoconhecimento, é evitar doenças e criar estratégias para lidar com as diversas situações da vida.

Elaborado por Emater/RS – Ascar
Fontes: OMS (Organização Mundial da Saúde), Ministério da Saúde, www.janeirobranco.com.br

Postado em 29 janeiro 2021 15:00 por JEAcontece
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