Isolamento social influenciou aumento no consumo de internet

Postado em 27 abril 2020 15:04 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Empresas do setor apontam crescimento de 20% a 30% nos acessos, especialmente durante os períodos diurnos

O consumo de internet registrado nas últimas semanas coincidiu com o período mais intenso do isolamento social, adotado como medida preventiva ao Coronavírus (Covid-19). A explicação é simples: as pessoas ficaram mais tempo reclusas em casa e utilizaram a internet para o entretenimento. Teve ainda aqueles que ficaram em casa, mas não se afastaram das atividades profissionais, ou seja, continuaram trabalhando, mas na modalidade home office, o que também funciona com o uso da internet.

Fabiano Haufchild, sócio proprietário da Seanet Telecom de Carazinho, confirma a informação. A empresa registou aumento no consumo de cerca de 20%.

“Notamos uma demanda de consumo e nas transmissões que vem crescendo, especialmente em relação às redes sociais e serviços de streaming, como Netflix. Também em canais de transmissão de vídeo como You Tube também aumentaram bastante, tanto que essas empresas limitaram a qualidade de seu conteúdo”, diz ele.

Haufchild ressalta que foi possível perceber que em praticamente todos os turnos do dia houve crescimento no consumo. Anteriormente o período da noite e os fins de semana eram os momentos em que o acesso à internet era mais frequente.

“Aumentou em todos os horários, claro que a noite sempre se acentua, mas quando a quarentena começou houve um consumo maior. De uns dias para cá houve uma reduzida, dando a entender que a rotina está voltando ao normal, aos poucos”, coloca.

A procura por planos de internet com mais velocidade também aumentou, segundo o empresário.

“Notamos um aumento sim, mas também houve crescimento na procura por resolução de problemas, como conexões com roteadores wi-fi, por exemplo. A equipe técnica, em todo esse período, sempre esteve de plantão. Por força de decreto suspendemos por uns dias o atendimento ao público, mas o suporte técnico sempre funcionou para que neste período a internet continuasse funcionando”, aponta.

Sobre o home office, modalidade de trabalho que ficou mais frequente desde que a pandemia começou, Haufchild acredita que será cada vez mais frequente.

“Várias empresas atenderam por home office e nos procuraram para que liberássemos acessos de firewall para seus colaboradores. Acho que é uma tendência”, concorda.

DGNET apurou aumento de 25% a 30% no consumo
Marlon Werner, gerente de infraestrutura e engenharia da DGNET Telecom, também menciona grande demanda. Os clientes da empresa passaram a acessar mais a internet durante o dia por estarem em isolamento social ou trabalhando de casa. Nestes períodos do dia houve aumento entre 25% a 30%, além do que já se consumia durante a noite, momento de costumeiro pico nos acessos.

“O movimento noturno sempre foi muito forte. A característica da nossa rede de atendimento é muito residencial e o consumo à noite se manteve muito alto. O diferencial foi o aumento nos acessos durante a manhã e à tarde, com demanda maior para redes sociais e serviços de streaming”, salienta.

Serviços de manutenção da rede também registraram aumento na demanda. “Clientes que precisaram de um acesso de internet melhor em sua casa foi uma demanda muito grande para nós, como as pessoas que foram trabalhar em casa e precisavam acessar o computador do trabalho de forma remota, por exemplo. Isso demanda um pouco mais de configuração que as pessoas às vezes não estão acostumadas em suas casas”, detalha.

Werner também acredita que o home office é uma tendência a partir de agora, já que muitas empresas adotaram a modalidade para não deixar de atender suas demandas e notaram que é algo viável. “Qualquer plano acima de 20 megas permite perfeitamente que se trabalhe de casa, desde que a empresa para a qual a pessoa trabalhe tenha a ferramenta adequada para estabelecer esta conectividade. Nós meses temos algumas pessoas trabalhando em home office e elas atendem o telefone, acessam o sistema da empresa como se estivessem na empresa, em sua mesa de trabalho, sem dificuldade nenhuma. Este tipo de trabalho será cada vez mais popular”, explica.

No que tange o e-commerce (vendas pela internet), estratégica que acabou sendo usada por muitos estabelecimentos para não perder o vínculo com os clientes durante a suspensão dos atendimentos presenciais, Werner destaca que já é bastante popular em grandes redes comerciais, que possuem grande portfólio de produtos. Empresas pequenas ainda não tem suporte para isso, mas se valem das redes sociais para chegar ao consumidor. Este tipo de negociação, para ele, também tende a crescer.

“É um nicho que precisa ser aproveitado, porque as pessoas que adquirem seus produtos através da rede social se sentirão mais cômodas e seguras, adquirindo do lojista da sua cidade. O empresário precisa prestar atenção nisso. Não é só a comida da tele entrega, mas o tênis, a calça, entre outros produtos. É uma tendência de mercado”, avalia.

Diário da Manhã

Postado em 27 abril 2020 15:04 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop