A Secretaria Estadual da Saúde (SES) detectou oito novos casos da subvariante BQ.1 do coronavírus no Rio Grande do Sul. Os casos foram identificados em amostras coletadas nas duas últimas semanas de outubro e nas duas primeiras de novembro na Região Metropolitana de Porto Alegre (5) e Santa Maria (3), elevando para nove o total no Estado. O primeiro caso foi confirmado no dia 6 de novembro. Também em uma semana, os casos de covid-19 aumentaram 150% no Estado.
Em Passo Fundo, foi notado um pequeno aumento de casos nos dados semanais, após meses de queda. A única arma contra essa elevação segue sendo a vacina, porém, ela ainda não está atualizada para esta nova variante.
Falando sobre o assunto na Uirapuru, o médico Dr. Júlio Stobbe, declarou que é muito comum as doenças virais e infecções repetidas na população fazerem modificações do ponto de vista genético com o passar do tempo. Mas, conforme Stobbe, essas variantes e modificações que o vírus sofre ao longo do tempo não significam que ele terá cepas mais ou menos resistentes. Isso é algo aleatório, que não tem como ser previsto.
Outro fato que é percebido pela medicina, de acordo com Stobbe, é que a taxa de mortalidade está reduzindo no mundo todo, apesar de haver uma tendência de aumento no número de casos. O médico ressalta que isso é bom e prova que, graças às vacinas, o panorama da doença em nível mundial não está grave, mesmo com novas variantes. Stobbe lembra que, a medida que a população tem taxa melhor de vacinação, mais chances têm de enfrentar cepas desconhecidas.
Ele declara que a OMS preconiza que pelo menos 70% da população esteja vacinada com todas as doses e lembra que Passo Fundo está abaixo deste índice. De acordo com o médico, a imunização completa é a única arma contra as subvariantes, como a BQ.1. As quatro doses fazem com que o sistema imunológico fique alerta quando a pessoa contrai o coronavírus e, assim, a resposta imunológica é muito mais rápida e eficaz, reduzindo complicações mais graves que podem levar à morte.
Dr. Júlio Stobbe também afirma que muito dificilmente a humanidade voltará a patamares anteriores da pandemia, mas alerta que não podemos esquecer todas as complicações que o passado recente trouxe, antes das vacinas serem criadas.
Rádio Uirapuru
