Aproxima-se de uma solução a divergência entre Monsanto e entidades de produtores rurais sobre pontos do acordo de utilização das sementes transgênicas de tecnologia RR. Na última quarta-feira (20.02) a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) publicou nota oficial rejeitando a minuta do acordo apresentado pela empresa, afirmando que não eram os mesmos “termos da Declaração de Princípios firmada entre as partes”.
A FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que na última quinta feira (21.02) a Monsanto “concordou com os argumentos expostos pela entidade para refazer o acordo individual existente entre os produtores e a empresa”.
A conciliação foi selada em encontro ocorrido na sede da CNA em Brasília. A reunião contou com a presença de representantes da Confederação, dos presidentes Ágide Meneguette (FAEP), Eduardo Riedel (Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul.), Carlos Rivaci Sperotto (Farsul – Federação da Agricultura do RS) e José Mario Schreiner (FAEG – ederação da Agricultura e Pecuária de Goiás).
A divergência era em relação a uma parte da minuta na qual, além da renúncia a qualquer ação judicial em relação à RR1, o produtor rural aceitava também os termos de licenciamento que a Monsanto propunha em relação à nova semente transgênica Intacta RR2, a ser lançada em breve.
O ponto do acordo que foi refeito pela Monsanto é o artigo 5º, que trata da questão especifica da RR2: “Este documento não constitui licença de uso para outras tecnologias em soja que venham a ser disponibilizadas pela Monsanto. Em a Monsanto lançando comercialmente no Brasil soja contendo outras tecnologias, e na hipótese do Produtor optar pela utilização dessa soja, o Produtor concorda que será necessária assinatura prévia de um Acordo com a Monsanto para licenciamento de uso das referidas tecnologias”.
A empresa, através de sua assessoria de imprensa, reafirmou sua disposição de chegar a um acordo na questão. “A Monsanto mantém o diálogo aberto com a CNA e com as Federações de Agricultura e entregou na quarta-feira (20.02) um documento que visa atender às solicitações das entidades, alinhado com os pontos da Declaração de Princípios”, afirma nota divulgada pela assessoria.
Agrolink