Queremos viver felizes, mas para descobrir o que torna a vida feliz, vai-se tentando, pois não é fácil alcançar a felicidade, uma vez que quanto mais a buscamos mais dela nos afastamos.
Das consequências de todas as nossas escolhas aprendemos que, muitas vezes, nos enganamos no caminho. Na correria que estamos inseridos, no mundo mecânico e tecnológico que faz nossos dias, corremos com todas nossas forças atrás do que desejamos, porém, não questionamos se tudo o que buscamos não está ao nosso lado, ou melhor, não está em nós mesmos.
No percurso dessa eterna corrida andamos em círculos e encontramos, em determinado momento, o que estava sempre ali, junto a nós. Os objetivos, os sonhos estavam ali, ao nosso lado.
Ao percebemos que tudo o que precisamos para ser feliz, que tudo que precisamos para realizar nossos sonhos está exatamente junto a nós, definimos nosso caminho, determinamos o que queremos e aonde queremos chegar. Descobrimos o que realmente desejamos e, em consequência, por onde podemos avançar mais rapidamente nesse caminho.
Precisamos ter coragem e capacidade de sentir nosso coração, ter audácia de seguir o que ele manda e não deixar nossa curta vida se consumir em erros e em caminhos sem saídas, dias sem corres e correr o risco de nos tornamos pessoas vazias.
Muitos morrem seguindo a multidão, seguindo o rebanho como as ovelhas que seguem umas as outras sem pensar. Quando escutamos – seguimos – pessoas vazias, percorremos caminhos que nos deixam à deriva. Não podemos nos acomodar ao clamor da maioria, gente que vive guiada pela imitação.
Não somos iguais e temos que descobrir nossa particularidade nessa vida, o que estamos fazendo aqui? O que sonhamos?
A imitação da massa está ofuscando talentos, personalidades, pessoas íntegras apagando seu caráter pelo simples fato de imitar. Nosso viver é único. Nossos sonhos são nossos, nossa vida é particularmente nossa. Estamos seguindo os demais? Ou estamos construindo nossa historia?
Não buscar milagres, mas identificar o que está ao nosso lado e, principalmente, o que carregamos junto a nós, seguir nosso coração, em cada passo da vida registrar o porquê de estarmos aqui, e não apenas imitar multidões que caminham sem deixar rastros.
Charles Manolo de Morais
Presidente da JCI Não-Me-Toque