O saneamento básico consiste na atividade de coleta e tratamento de esgoto entre outras ações. O acesso ao saneamento básico nas cidades visa a saúde das comunidades e é uma preocupação constante da população. Os esgotos domésticos se caracterizam por conterem aproximadamente 99,9% de água. O restante inclui sólidos orgânicos, suspensos e dissolvidos, bem como microrganismos. Devido a esta fração de 0,01% há a necessidade de se tratar os esgotos. Um sistema de tratamento de esgotos sanitários se caracteriza pela coleta, transporte e tratamento do efluente de modo a evitar qualquer contato com a população evitando transmissão de doenças e vetores.
Tipos de sistemas de tratamento
1) Os sistemas de esgotamento sanitários podem ser coletivos ou individuais. Os sistemas coletivos se caracterizam por redes de coleta e tubulações que captam e transportam o esgoto até um local único de tratamento, Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Em uma ETE é realizado o tratamento de todo o esgoto coletado na cidade ou em bairros e/ou condomínios.
2) Os sistemas de tratamento individuais se caracterizam por sistemas unifamiliares, onde há a captação e envio do esgoto para fossas sépticas, filtros e posteriormente sumidouros/valas de infiltração.
Como está a situação em Ibirubá
Se falando em tratamento de esgoto sanitário Ibirubá não tem uma rede de tratamento, no entanto a maioria das residências possui um sistema próprio de tratamento como fossa séptica e poço negro. Segundo o Plano Diretor de Saneamento Básico do município, elaborado em 2014, 80% da água consumida no município é transformada em esgoto gerado. Então considerando que a projeção da população total do município de 2012 era de 19.445 habitantes, a quantidade de esgoto gerado por dia fica em torno de 3.111,20 m3. Atualmente, para a aprovação dos projetos de construção residencial, localizados na zona urbana, exige-se ter o sistema de tratamento dos efluentes gerados, sendo considerado o número de moradores por residência.
Ainda há muitas dúvidas sobre o caminho que será seguido aqui no município. A Corsan possui contrato de concessão junto ao município onde o mesmo especifica a implantação de soluções para tratamento, estudadas e elaboradas a partir de projeto técnico. A gerente da Corsan, Lia Denise Timann indica que a opção de construir uma rede de esgoto na cidade seria muito cara e trabalhosa, devido a ter que instalar tubos por toda a cidade, abrindo ruas e causando transtornos. A solução mais viável seria a criação de uma estação de tratamento de esgoto para onde esses dejetos sejam encaminhados por meio de caminhões. Lia ressalta que o investimento seria da empresa e que a coleta seria terceirizada, a tarifa do serviço seria diluída e a residência teria direito a uma coleta anual. Para a gerente esse tipo de coleta, por meio de caminhões pipa e o encaminhamento dos desejos até uma estação de tratamento de esgoto traria menos impacto para a população do que as tubulações.
Rádio Cidade FM / Jornal O Alto Jacuí
