Alguns aparelhos atualizaram automaticamente, já que o horário começava tradicionalmente no terceiro final de semana de outubro
Na manhã deste domingo, 18, parte da população foi surpreendida pela atualização automática do horário de verão em celulares. O assunto polêmico divide opiniões na internet e se tornou um dos mais comentados nas redes sociais. Apesar de a modificação não estar mais em vigor por determinação do Governo Federal, alguns smartphones, tablets e outros equipamentos continuam na regra antiga.
Algumas operadoras de telefonia acabam atualizando automaticamente, já que o horário de verão começava tradicionalmente no terceiro final de semana de outubro, na madrugada entre sábado e domingo.
A atualização é realizada de acordo com Banco de Dados Global da Iana (Autoridade para Atribuição de Números de Internet, na sigla em inglês), usado pelos dispositivos eletrônicos, o que ocorre, geralmente, em modelos com versões antigas de sistema.
O Ministério de Minas e Energia (MME) manteve a recomendação de não se adotar o horário de verão neste ano (período de 2020/2021). O horário foi extinto em abril do ano passado, com base em estudos da pasta, que apontaram a pouca efetividade na economia energética, e também em estudos da área da saúde, sobre o quanto o horário de verão afeta o relógio biológico das pessoas.
Em nota técnica, a pasta avaliou o resultado regulatório da extinção do horário de verão e disse que a economia de energia com a medida diminuiu nos últimos anos e já estaria perto da neutralidade, em razão das mudanças no hábito de consumo de energia da população.
Quando foi criado, o horário de verão tinha por objetivo aliviar o pico de consumo, que era em torno das 18h, e trazer economia de energia na medida em que a iluminação solar era aproveitada por mais tempo. No entanto, nos últimos anos, o Ministério de Minas e Energia constatou uma alteração no horário de pico com maior consumo de energia no período da tarde, por causa da intensificação do uso do ar condicionado, quando o horário de verão não tinha influência.
Agência Brasil