Grupo que atua com lavagem de dinheiro e evasão de divisas é alvo da PF no RS

Postado em 18 novembro 2021 09:04 por JEAcontece
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Por Correio do Povo

A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram ao amanhecer desta quarta-feira a operação Shawarma com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atua com lavagem de dinheiro e evasão de divisas na fronteira do Rio Grande do Sul com Uruguai. Entre 2016 e 2020, o grupo investigado movimentou cerca de R$ 230 milhões, oriundos sobretudo de contrabando, descaminho e tráfico de drogas.

Houve o cumprimento de nove mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão nos municípios de Chuí, Santa Vitória do Palmar, Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre, além de São Paulo. Sete suspeitos foram detidos.

Na ação foram executadas também medidas de constrição de bens e valores, com o bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade sobre bens imóveis de 24 pessoas físicas ou jurídicas envolvidas no esquema criminoso. Nove veículos foram ainda alvo de sequestros judiciais previamente determinados e de outros encontrados nos locais de busca, bem como a suspensão da atividade de empresas das quais os investigados são sócios ou procuradores.

A investigação começou em 2017 em razão da constatação de movimentação financeira suspeita por parte dos investigados. Pelo menos, 11 pessoas e 11 empresas de fachada, como supermercados, empresas de tecnologia da informação, comércio de vestuário e estacionamento, além de uma casa de câmbio, foram identificadas para a prática dos crimes.

Conforme a Polícia Federal e a Receita Federal, o grupo criminoso recebia valores suspeitos, com a dissimulação do real beneficiário das quantias, caracterizando o delito de lavagem de dinheiro, e a remessa clandestina de parte das quantias ao Uruguai, que configuraria o crime de evasão de divisas.

O principal investigado se utilizava de documentos de “laranjas” para criar empresas e abrir contas em bancos. Dessa forma, apesar de estarem formalmente vinculadas a terceiros, as empresas e contas correntes, eram geridas pelos criminosos.

Valores de diversos estados foram remetidos aos investigados, sendo identificados valores oriundos de envolvidos com a prática de contrabando e de uma empresa suspeita de realizar a movimentação financeira de uma facção do Rio de Janeiro.

Os investigados poderão ser responsabilizados pelos delitos de organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas chegam a 24 anos de prisão. A operação segue as diretrizes da Polícia Federal na busca pela repressão aos responsáveis pelas movimentações financeiras das organizações criminosas e pela sua descapitalização.

Postado em 18 novembro 2021 09:04 por JEAcontece
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