Com a proximidade do mês de junho, época em que tradicionalmente tem se realizado a semeadura do trigo na região, estima-se que a implantação das lavouras deve se iniciar nos próximos dias, assim que as condições do tempo permitirem. Segundo as previsões do tempo, tem-se possibilidade de chuva significativa para o próximo sábado (01/05). Porém, já a partir do domingo, estendendo-se por toda a próxima semana, as previsões indicam tempo ensolarado para a região. Desta forma, dependendo da precipitação do final de semana e da situação do solo, por volta da próxima segunda ou terça-feira as condições de umidade serão favoráveis ao início da semeadura.
No presente momento, verifica-se que as dessecações das áreas para a semeadura do trigo estão praticamente finalizadas e prontas para receberem as sementes. Neste sentido, tem se observado que produtores rurais e assistentes técnicos tem tido cada vez mais dificuldades para a realização do controle de plantas daninhas em pré-semeadura em virtude dos problemas de resistência a herbicidas do azevém. Além disso, o fato desta espécie possuir vários fluxos de emergência durante o inverno onera ainda mais o controle, exigindo da assistência técnica cada vez mais planejamento e implantação de estratégias eficientes no manejo de invasoras.
De acordo com levantamentos feitos a campo, a realização das dessecações utilizando-se um graminicida, seguida da aplicação de glifosato + 2,4 – D para controle de folhas largas, aliada a cobertura permanente do solo, com a implantação do nabo forrageiro como cultura antecessora ao trigo, tem se destacado como estratégia eficiente no controle de plantas daninhas, especialmente do azevém resistente ao glifosato. Vale ressaltar que atualmente são poucas as opções herbicidas para manejo do azevém, devendo-se considerar o manejo químico como ferramenta integrante do manejo de invasoras, e não apenas como solução única para o problema. Ou seja, para manter a sustentabilidade do sistema e preservar a vida útil dos herbicidas, outras práticas devem ser adotadas, entre elas a rotação de herbicidas, rotação de culturas e cobertura permanente do solo. É importante lembrar que já existem biótipos de azevém resistente ao glifosato + graminicidas (Verdict®) e também aos inibidores da ALS (Hussar®). Neste sentido, cabe aos técnicos, produtores e pesquisa repensarem quais as atitudes estão sendo tomadas para prevenir o aumento dos problemas de resistência.
Com relação ao planejamento da lavoura, é importante que o produtor atente para a época recomendada de semeadura de cada cultivar, considerando sempre o ciclo dos materiais e para o manejo de doenças, pragas e adubação de cobertura. Por este motivo, a Grandespe coloca-se a disposição do produtor para auxiliar no correto posicionamento de variedades e condução da lavoura em geral, prevenindo-se de eventuais problemas tomando atitudes proativas.
Gustavo Augusto Stärlick
Engenheiro Agrônomo
