Foi publicada na última semana no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria do Ministério da Agricultura que autoriza a utilização de mais 42 novos agrotóxicos no Brasil.

Com esta decisão, o Brasil bate o recorde de defensivos liberados pelo Governo Federal somente em 2019.

Ao todo, foram 239 pesticidas autorizados no país em seis meses.

O Ministério da Agricultura afirma que a maioria das substâncias segue fórmulas que já estão no mercado e que a medida visa aumentar a concorrência entre as empresas.

Já ambientalistas alertam para os riscos para a saúde das pessoas.

Na Uirapuru, a professora universitária e mestre em Química, Clóvia Marozin Mistura, explicou que o número chama a atenção já que alguns destes produtos já foram até banidos em outras regiões do mundo, como na União Europeia.

Algumas composições já foram testadas e consideradas tóxicas, com a existência muito rasa de estudos sobre a aplicabilidade no campo.

Clóvia destacou que a área química não é contra o uso de agrotóxicos, mas sim, é cautelosa quanto a sua utilização nas lavouras.

Isso porque, segundo a mestre, a má aplicação pode incidir sobre toxinas em alimentos, solos, águas e com impacto em outros aspectos, como a morte em massa de abelhas, já registradas em cidades da região Norte do Estado.

A obtenção de um registro para liberação dos agrotóxicos passa pelo Ibama, pela Anvisa e tem o aval final do Ministério da Agricultura.

A professora universitária tranquiliza que a maioria dos produtos, se utilizados corretamente, não ocasionam problemas às pessoas, mas alertou que neste roll de agrotóxicos liberados, quando interagem com outros, podem causar problemas em que não existem estudos que comprovem sua gravidade.

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