Finalizada a semana de prevenção contra o uso e abuso do álcool e drogas em Tapera

Postado em 19 abril 2024 09:11 por JEAcontece
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Ontem à noite, no Centro de Eventos de Tapera (RS), foi realizado o quarto e último painel “Álcool e Outras Drogas: Um Diálogo Sobre Escolhas”, fazendo parte da programação da VIII Semana de Prevenção e Combate ao Uso e Abuso de Álcool na Adolescência e na Vida Adulta, que aconteceu de 10 a 18 do corrente.

Na programação, estavam quatro painéis, sendo dois pela manhã para os estudantes das escolas taperenses, e outros dois à noite para os pais destes.

Os painéis tiveram a participação da promotora de Justiça Marisaura Inês Raber Fior, da delegada de Polícia Civil Tauane Bellio Andrighi, da psicóloga Débora Bolzan e do médico psiquiatra Saraiva Júnior, tendo como mediadora a secretária de Educação Lucimara Karpe Canova.

Na abertura, foram chamadas ao palco as autoridades presentes, mais as diretoras das escolas locais e as conselheiras tutelares. A secretária Luciamar Canova foi a única que fez uso da palavra.

Antes de começarem os trabalhos, foi apresentado um vídeo de uma menina de 8 anos que escreveu uma carta, “Carta para Jackie”, endereçada ao fabricante do uísque Jack Daniels, relatando o que a sua família estava passando por conta do vício do pai que, literalmente, abandonou a família e passou a agredi-la verbal e fisicamente, e que tudo culminou com a venda da casa para pagar as contas feitas por ele devido ao vício. O vídeo choca pelo conteúdo.

Após, foi iniciado o painel com as manifestações dos convidados sobre um assunto muito importante: o uso de álcool e drogas e a criação dos filhos. A ideia dos painelistas era orientar pais e familiares sobre estes importantes temas.

A promotora Marisaura, se baseou em uma pesquisa feita por alunas do Instituto Imaculada sobre o uso do álcool. Segundo ela, o consumo começa em casa entre 9 a 12 anos.

De acordo com ela, aumentou o consumo do álcool entre as meninas. Ela também falou sobre o abrigamento de crianças que são negligenciadas pelos seus pais que também são usuários de álcool e drogas e do problema que isso causa na vida dos filhos. Para ela, os pais precisam falar sobre álcool e drogas em casa com eles para que saibam se defender fora dela. Disse ainda que não existe ex-viciado e que recaídas são normais. “A questão é prevenção e educação”, finalizou.

A delegada Tauane disse que Tapera abraça as suas causas sociais e elogiou o trabalho do Conselho Tutelar no município. De acordo com ela, somente o exemplo ensina, pois os filhos farão igual ao que seus pais fazem.

Segundo ela ainda, menores estão sendo utilizados em larga escala pelo tráfico em todo o país e os pais devem prestar atenção nos seus filhos no horário que chegam em casa, se estão nas esquinas e o que estão fazendo e, principalmente, cuidar o que eles estão comprando, pois o tráfico é generoso. Para ela, criança precisa estar cedo em casa e os pais sabendo onde elas estão, com quem estão e o que estão fazendo. Ainda, que os estupros, na maioria das vezes, são ocasionados pelo consumo de álcool e drogas.

A psicóloga Debora disse que o tráfico acolhe e muito bem, por isso, é importante que os países se preocupem com seus filhos e façam parte da vida deles de fato. E que é preciso cuidar da infância e ter rotina familiar e troca de afeto em casa. “Atitudes de pais carrascos serão agradecidas no futuro”, disse.

Para ela, o que educa é a conversa e os exemplos e que pais abandonados pelos filhos nada mais é do que o resultado da ausência deles na sua infância.

Por fim, o psiquiatra Saraiva falou em que momento nasce o vício e as fases de uma vida até chegar a fase adulta. Segundo ele, aos três meses é que começam os problemas de uma criança devido ao consumo de álcool ou droga pela mãe e que os resultados virão no futuro sob as mais variadas formas.

Para ele, a exposição excessiva de telas influencia na inteligência da criança e que o desenvolvimento ouro infantil começa aos 10 anos.

“É preciso que os pais conheçam seus filhos e sejam amigos deles”, finalizou.

Ao final, três perguntas foram feitas ao público persente na forma de um pacto coletivo que pedia a eles se prometiam: 1 – pelo meu direito de vir ao mundo com saúde, 2 – Pelo direito de desenvolvimento pleno e saudável dos jovens, e 3 – Pelo direito de convivermos em uma sociedade mais saudável, aos que todos responderam que prometiam.

Na entrada do CET, cada pai recebeu a “Cartilha do Bem”, orientando-os sobre as questões que seriam debatidas no painel.

 

Postado em 19 abril 2024 09:11 por JEAcontece
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