No Rio Grande do Sul, em breve, será possível encontrar nas farmácias para venda aqueles produtos que há pouco tempo os consumidores não imaginavam ter à disposição. Com a vitória da ação movida pelo Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul (Sinprofar/RS) na Justiça Federal da 1ª Região (DF), setor encerra uma polêmica que há anos restringia as possibilidades de crescimento especialmente de redes e farmácias de menor porte.
Limitadas até agora a vender somente medicamentos, cosméticos, produtos de higiene e afins, as farmácias do Rio Grande do Sul poderão comercializar uma vasta gama de mercadorias, de chinelos de dedo, a itens como sorvete e pilhas, brinquedos e até alimentos, se assim desejarem. A venda já é verificada em alguns brasileiros.
Apesar de essa comercialização em diferentes Estados, inclusive Santa Catarina e Paraná, no Rio Grande do Sul a medida ainda era alvo de ações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a decisão da Justiça Federal da 1ª Região, o varejo farmacêutico gaúcho ganhará modernidade, competitividade e poderá ser ponto de conveniência aos consumidores, segundo o setor. A decisão beneficia em torno de 2 mil farmácias associadas no Estado.
Para as empresas, explica Sandro Bentz de Oliveira, assessor jurídico do sindicato, uma das vantagens é poder ter nas prateleiras e balcões novas opções para incrementar o faturamento e atender o consumidor em pequenas necessidades corriqueiras e de conveniência. No caso de pequenas e médias empresas, haverá um ganho extra. Como grandes redes do setor já asseguravam esse direito por meio de liminares própria, varejistas de menor porte acabavam alijados dessa possibilidade, destaca Oliveira.