A Polícia Civil recebeu os laudos de dois trabalhos periciais referentes ao desaparecimento de uma família carazinhense em Colorado. O fato aconteceu há quase três meses quando eles foram até uma casa na área rural do município para supostamente negociar um carro. Desde então, Márcia Johan (40), Maria Johan (15) e Roberto Terres (42) não foram mais vistos e a polícia considera que eles foram vítimas de homicídio. Os trabalhos periciais concluídos aconteceram em dois automóveis.
Uma das análises ocorreu no Gol que seria da família, que foi encontrado queimado em Mormaço dois dias após o desaparecimento, a cerca de 50 quilômetros do local do suposto crime. “No carro queimado, devido ao estado de destruição causado pelo fogo, os peritos não encontraram nada que pudesse ajudar nas investigações. Uma das possibilidades era haver marcas de tiros, mas não foi possível apontar se houve disparos ou não no carro”, explica o delegado de Polícia Ednei Albarello, responsável pelas investigações.
O outro carro periciado foi uma Strada, pertencente a Flavio Diefenthaeler Martins (47), morador do local onde a família foi vista pela última vez e principal suspeito do desaparecimento dos três. “Vários exames foram feitos e um deles deu reagente, o que apontou a possibilidade de haver sangue na Strada. Com isso, um segundo exame, em laboratório, foi feito pelos peritos, porém o resultado indicou que não havia a presença de sangue humano”, conta Albarello.
Os resultados das perícias foram encaminhados para o Poder Judiciário. Albarello acredita que isso não influenciará no julgamento de Flavio, que permanece preso preventivamente e responde por triplo homicídio, ocultação de cadáver e tentativa de homicídio. Sobre o paradeiro da família não há novidades e a polícia afirma que eles foram mortos a tiros.
A polícia ainda aguarda o resultado de uma balística de três projéteis localizados em uma árvore na frente da casa onde ocorreu o tiroteio. As balas são de revólver calibre 22. A balística irá apontar se elas foram disparadas pela arma que estava em poder de Flavio quando ele foi preso, já que arma que estava com ele também era calibre 22.
Diário da Manhã
