Falta de inseticida para combate da dengue preocupa gestores da saúde

Postado em 12 março 2020 14:11 por JEAcontece
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Espumoso acaba de confirmar um caso da doença e vigilância sanitária não pode contar com o produto para ações preventivas. Carazinho também espera repasse

Na tarde de ontem (11) a secretaria de Saúde de Espumoso confirmou o primeiro caso de dengue de 2020. Uma família espumosense viajou para o Paraná e a filha de 12 anos acabou infectada com a doença. Já de volta à cidade natal ela ficou internada no hospital, mas já recebeu alta e se recupera bem.

A coordenadora do programa de prevenção e combate à dengue em Espumoso, Lúcia Vilarinho, conta que os agentes de combate a endemias e de saúde realizaram varreduras num raio de 150m em torno da residência da família, também na escola que ela frequenta e na casa da avó, onde a garota costuma passar as tardes.

Os profissionais eliminaram manualmente criadouros e possíveis locais de reprodução do Aedes aegypti, numa tentativa de diminuir o risco de programação da doença, uma vez que se um mosquito picar a adolescente poderá infectar outras pessoas. Nestes casos, costuma-se fazer o chamado fumacê, com um inseticida específico para combater o vetor. Só que Espumoso não possui o produto por falta de repasse por parte do Governo Federal.

Segundo Lúcia, a população tem encaminhado recorrentes reclamações acerca de presença do Aedes aegypti e diante do caso confirmado, o alerta aumenta.

“As pessoas reclamam bastante. Chegamos a ter um índice de infestação alto, mas neste momento conseguimos baixa-lo bastante, mas temos medo de comecem a surgir os primeiros casos autóctones (aqueles contraídos dentro do próprio município)”, destaca.

A coordenadora reforça que o apoio da população é fundamental para evitar novos casos e as orientações já são bem conhecidas das pessoas, a principal delas é evitar o acúmulo de água parada. “Pedimos que as pessoas cuidem de seus pátios. Claro que se estivéssemos num período de muita chuva, a situação seria ainda mais preocupante, mas qualquer tampinha com um pouco de água é suficiente para que a fêmea deposite os ovos para dar origem a novos mosquitos”, alerta ela, ressaltando que se a fêmea estiver contaminada com o vírus poderá contaminar os ovos no momento da postura, fazendo com que os mosquitos já nasçam portadores do vírus.

Questionada sobre a estrutura do município para atender uma hipotética situação de epidemia, Lúcia destacou que Espumoso possui apenas um hospital e possivelmente os leitos não comportariam a demanda.

“Se precisar internar um grande número de pessoas, não teríamos estrutura. Por isso as pessoas precisam colaborar com a gente”, coloca.

Carazinho também está sem o inseticida
André Prado, coordenador da Vigilância Sanitária e Ambiental em Carazinho, confirma que o município também aguarda o repasse do inseticida utilizado no combate ao Aedes aegypti. Neste momento, se houvesse necessidade de aplicação, Carazinho teria que utilizar-se de outras medidas, como a eliminação manual de criadouros.

Em relação a casos de dengue, Carazinho não registrou novos casos nas últimas semanas. Em janeiro um morador da cidade foi diagnosticado com a doença depois de viajar para São Paulo e contrair dengue naquele estado. O paciente também teve rápida recuperação e foram tomadas medidas preventivas nas proximidades da residência dele.

Diário da Manhã

Postado em 12 março 2020 14:11 por JEAcontece
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