Estudantes gaúchos têm taxa de reprovação maior do que a nacional

Postado em 29 novembro 2012 07:40 por JEAcontece
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Divulgada na manhã desta quarta-feira, a Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traça um panorama sobre as condições de vida da população do país e mostra crescimento do acesso à educação nos últimos 10 anos. O estudo traz quadros como o seguinte: a proporção de estudantes negros ou pardos de 15 a 17 anos, no Ensino Médio, cursando a série correspondente para a idade, subiu de 24,4% em 2001 para 45,3% em 2011.

Mas a Síntese também dá mostras da necessidade de mudança no ensino gaúcho: no Estado, as médias de reprovação escolar eram superiores às nacionais em 2011, ano-base do trabalho.

O levantamento do IBGE confirma que, neste quesito em particular, o Rio Grande do Sul era o pior da Região Sul. Se a taxa de reprovados se manteve parecida nos primeiros cinco anos do Ensino Fundamental (7,2% do Brasil, contra 7,7% do RS), disparou do sexto ao nono ano: 19,2%, diante de 12,4%. Essa proporção continuou semelhante no Ensino Médio, quando 13,1% dos estudantes brasileiros repetiram de ano — no RS, eram 20,7%.

Quer dizer: de cada cinco alunos matriculados no Ensino Médio em escolas gaúchas, em 2011, um era reprovado. E a situação se agrava mais quando os dados migram para as escolas públicas do Estado, onde a reprovação no Ensino Fundamental chega a ser quatro vezes maior do que nas instituições particulares.

Indiferente à qualidade do ensino, o IBGE ainda revela que os gaúchos também estão atrás da média nacional quando se fala em taxa de frequência bruta a estabelecimentos de ensino: 28,7%, contra 25,5% do Estado. Se a maior diferença aparece entre quatro e cinco anos de idade (77,4% a 62,8%), os números se aproximam com estudantes entre seis a 14 anos (98,2% a 97,9%), empatam em 15 a 17 anos (83,7% a 83,6%) e têm leve distanciamento entre 18 a 24 anos (28,9% a 28,1%).

Na chamada frequência líquida — quando o aluno cursa a série correspondente à sua idade —, o Estado supera o indicador nacional apenas quando são comparados estudantes de 18 a 24 anos, matriculados em curso superior. Em 2011, a frequência gaúcha nessa categoria estava em 17,5%, diante de 14,6% da nacional. Há um empate com alunos de seis a 14 anos no Ensino Fundamental (91,9% no país e 92% no RS) e com matriculados de 15 a 17 anos no Ensino Médio (51,6% no país e 51,7% no RS).

Cresce o acesso à escola
Em relação a números gerais da educação brasileira, o IBGE comprova crescimento no acesso à escola — sem entrar, porém, no mérito da qualidade do ensino. Entre 2001 e 2011, o número de brasileiros entre seis e 14 anos estudando passou de 95,3% para 98,2% — no recorte entre 15 e 17 anos, subiu de 81,1% para 83,7%.

Outro ponto importante está na frequência líquida de estudantes de 15 a 17 anos no Ensino Médio: aumentou de modestos 37,3%, em 2001, para 51,8%, em 2011. Considerando-se a mesma situação com negros ou pardos, a taxa sobe de 24,4% para 45,3%.

A Síntese de Indicadores também revela, entre 2001 e 2011, incrementos na presença de jovens de 18 a 24 anos no Ensino Superior (27% para 51%) e da média de anos de estudo para a mesma faixa etária, que passou de 7,9 para 9,6.

Por fim, ao analisar brasileiros de 18 a 24 anos com 11 ou mais anos de estudo completo, o levantamento comprova o componente da inclusão social. No quinto mais pobre da população, o índice oscilou 201% em 10 anos, de 9% para 26,9%. No quinto mais rico, a variação ficou em 19% (de 71,1% para 84,4%).

Conforme o IBGE, a população brasileira estava em 195,2 milhões de habitantes, com 10,802 milhões no Rio Grande do Sul.

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Postado em 29 novembro 2012 07:40 por JEAcontece
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