ESPUMOSO – Técnico da Cotriel alerta, atenção ao clima e as lavouras

Postado em 27 janeiro 2016 07:32 por JEAcontece
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As lavouras de soja da região de abrangência da Cotriel, vem sofrendo com as altas temperaturas bem como a falta de umidade no solo, ocasionada pela falta de chuva.

Muitas lavouras se encontram na fase de floração, outras na formação de legumes e outras em enchimento de grão. Nestas fases, a demanda hídrica da cultura é muito grande, por volta de 6 a 8 mm diários, visto que nesta fase reprodutiva, a planta expressa a necessidade de perpetuar a espécie.

Com o clima seco, as pragas tem seu ciclo vida encurtado dentro da cultura da soja e algumas acabam tendo um número maior de gerações. Os ácaros, praga típica de períodos secos passaram a se reproduzir de maneira mais rápida, causando danos à soja. Convém evitar produtos que causam irritabilidade a fêmea do ácaro e distúrbios na reprodução desta praga.

Com a soja na fase reprodutiva é importante dar uma atenção especial aos percevejos, pois estes causam danos à qualidade de grão, abortamento de legumes e desequilíbrio hormonal na planta da soja. As aplicações devem ser feitas quando as populações de percevejo estiverem baixas.

As lagartas tem seu comportamento afetado pela falta de umidade. Seu ciclo de vida é encurtado e, consequentemente surgem mais gerações nas lavouras. Muita atenção com a falsa-medideira, a helicoverpa e a lagarta-preta, para evitar danos área fotossintética da planta.

Neste período de clima seco, é fundamental estar atento às doenças. A principal é o oídio, típica de clima seco, sendo que a ferrugem-asiática merece atenção especial. Segundo estudos técnicos, em períodos de menos chuva, a doença acaba colonizando os tecidos internos da plantas. Como foram registrados vários dias com temperaturas maiores que 32°C, criou-se uma condição desfavorável para o fungo. Em safras anteriores quando ocorreram períodos de estiagem, houve mudança nas estratégias do controle de doenças e depois foi muito complicado reverter a situação e as perdas por ferrugem.

Algumas dicas:
– Em primeiro lugar manter o ânimo e confiar na chegada da chuva; para os próximos dias há expectativa do retorno da umidade e a chuva;
– Monitoramento constante das áreas, principalmente quanto a pragas e doenças;
– Seguir o manejo de doenças previsto para as lavouras de soja, visto que muitas áreas se aproximam do final do residual dos produtos para controle da ferrugem. A mesma é uma doença sorrateira e qualquer descuido pode custar muitos quilos de soja;
– Caso seja necessário, é importante fazer aplicação de produtos fitossanitários nas áreas, dando preferência por aplicações noturnas e ao amanhecer, visto que as plantas estão com menos estresse pela falta de água e excesso de calor e sol;
– Muita atenção ao uso de produtos à base de óleo, inseticidas do grupo dos organofosforados, podem ocasionar fitoxicidade à soja;
– Evite aplicações entre as 10 e 18 horas. São horários que apresentam temperatura elevada e baixa umidade relativa do ar, que dificultam a duração da vida da gota e também a capacidade de absorção dos produtos.
Lembrando: com umidade relativa do ar menor que 60% e temperatura maior que 27°C, as pulverizações devem ser evitadas.

O Departamento Técnico da Cotriel está bem treinado e capacitado para prestar uma assistência técnica que possa ajudar o produtos a solucionar os problemas na lavouras. A nossa torcida é que a chuva regresse o quanto antes.

(Jéferson Antônio de Campos, técnico agrícola da Unidade de Alto Alegre)

Postado em 27 janeiro 2016 07:32 por JEAcontece
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