ESPUMOSO – Dr. Lucas Navarini chama a atenção para manejo de ferrugem e mofo branco da soja

Postado em 25 agosto 2021 06:06 por JEAcontece
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Na última semana aconteceram palestras para associados promovidas pelo Departamento Técnico da Cotriel em parceria com a Corteva. Na terça-feira, dia 17, à tarde em Sobradinho e Salto do Jacuí e quarta-feira, 18 de agosto, pela parte da manhã na Serra dos Engenhos e Pontão do Butiá. O pesquisador e professor do IFRS de Ibirubá, Dr. Lucas Navarini, participou de forma on-line, sendo que os sócios das Unidades estiveram presencialmente, e com todos os cuidados de referentes ao distanciamento e uso de máscaras.

Navarini frisou que depois de vários anos apenas com alguns princípios ativos, o número de opções de produtos para combater doenças na próxima safra está aumentando e proporcionando melhores alternativas para se antecipar a possíveis danos futuros que possam ocorrer: “Há vários anos controlamos ferrugem em soja exclusivamente com fungicidas e na grande maioria das lavouras de soja, as aplicações são feitas de maneira atrasada ou com intervalos entre as aplicações que não respeitam a capacidade dos produtos. Com isso, a ferrugem consegue desenvolver-se mesmo sob a aplicação dos fungicidas, e dessa maneira a gente vem perdendo a eficiência dos produtos utilizados para o controle curativo. Hoje temos novos princípios ativos chegando ao mercado, mas ainda é muito importante conhecer os fungicidas que podem ser utilizados como reforços e com melhor desempenho, para conseguir controlar a ferrugem e obter bons resultados de produtividade. Recomendamos que o produtor procure misturas entre produtos com efeito preventivo adicionado de um curativo, evitando usar um preventivo com preventivo, que oferece uma menor sinergia de controle e nesse aspecto existem várias marcas que podem ser combinadas.

Sobre o mofo branco, o fitopatologista diz que por ser muito devastadora, esta doença que gerou muitos prejuízos foi equivocadamente associada com o florescimento de culturas como o nabo e a canola levando a erros de manejo, que podem beneficiar o fungo, multiplicando o problema para a cultura da soja, sendo a porta de entrada da doença nas plantas. As noites frias onde temperaturas mínimas são de 20 graus e áreas muito úmidas após chuvas fortes, também são fatores que podem acelerar a ocorrência da doença na soja e gerar prejuízos. Devemos abrir o olho para o quanto nós mesmos como produtores de soja estamos produzindo e espalhando o problema dentro da propriedade”, disse.

Quanto ao intervalo de aplicação dos fungicidas, Navarini observou que independente da mistura e do reforço, o período de proteção não é superior a 15 dias: “ É sabido que em uma lavoura se torna difícil seguir a risca este intervalo, mas o principal vilão não é o fungicida de baixo desempenho e sim intervalos entre as aplicações muito longos. Os fungicidas não fazem milagres, pois na tentativa de economizar se acaba perdendo o controle sobre a ferrugem”, lembrou.

Por fim, Navarini disse que uma das únicas estratégias que torna possível economizar no fungicida, é conseguir plantar a soja cedo: Desta forma é possível fazer um manejo mais tranquilo da ferrugem. Temos de ter atenção com o florescimento destas lavouras ocorrer em épocas muito chuvosas e com noites frias, onde pode apresentar um risco da incidência do mofo branco. Plantar variedades mais precoces, ter atenção ao clima, e com uma velocidade adequada de plantio, garantem que o plantio comece bem, o que é fundamental para o bom desenvolvimento da nossa cultura carro-chefe”, finalizou.

*Cotriel

Postado em 25 agosto 2021 06:06 por JEAcontece
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