Professora copiou imagem da internet e não se deu conta de que texto original havia sido adulterado
Alunos de uma turma de 4º ano do ensino fundamental da Escola Luiza Batista de Souza, de Rio Branco (Acre), foram surpreendidos ao receberem da professora a prova de Língua Portuguesa que deveriam fazer. No documento, a tirinha da Turma da Mônica que ilustrava uma das questões aparecia com a palavra “pica” substituindo a fala original de um dos personagens num dos balões de diálogo. Segundo a Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEE), o conteúdo foi copiado da internet e nem a docente, nem a coordenadora pedagógica se deram conta da adulteração da história em quadrinhos antes da aplicação do teste.
Em nota, colégio e secretaria assumem o erro e pedem desculpas pelo “lamentável episódio”, mas afirmam que “não houve dolo, uma vez que o trabalho da equipe escolar é pautado por princípios éticos e morais, essenciais à formação e ao desenvolvimento pleno de cada um de nossos alunos”.
“O erro, que a equipe escolar reconhece e assume com humildade, resultou de uma operação de ‘copiar e colar’ na internet. A versão original da referida prova, elaborada pela professora e aprovada pela coordenadora pedagógica traz a tirinha original da ‘Turma da Monica’ do escritor Mauricio de Souza. Ao acessar a internet em busca da referida imagem no intuito de facilitar o trabalho de diagramação e reprodução da prova não se teve o cuidado devido de observar a versão que estava sendo copiada, cujo conteúdo é impróprio e não recomendado para uma instituição escolar”, explicou a secretaria.
A secretaria informou que “será instalado processo de sindicância na escola para apuração dos fatos” e que “os responsáveis serão devidamente responsabilizados pelo ocorrido”. No entanto, ressaltou que “as professoras das referidas turmas são do quadro efetivo da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), com larga experiência profissional e competência comprovadas, através do desempenho da aprendizagem de seus alunos, aferidos nas avaliações externas realizadas pelo INEP/MEC e SEE”. Por fim, o órgão garantiu que orienta as escolas “para que tenham o máximo cuidado com a elaboração e revisão dos materiais destinados aos alunos para que não tenham erros conceituais, de interpretação dúbia ou conteúdos inadequados”.
(Terra)