ERNESTINA – Nova turma da UFFS busca residência médica no município

Postado em 26 agosto 2014 07:03 por JEAcontece
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Ernestina recebeu nesta semana uma nova turma de estudantes de medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). O convênio firmado entre o município e a universidade viabiliza uma residência médica dos estudantes na Unidade Básica de Saúde (UBS), a fim de mostrar-lhes o funcionamento do SUS na Atenção Básica à Saúde, que ocorre nas unidades de atendimento nos municípios. Na iniciativa da UFFS, os estudantes buscam adquirir conhecimentos acerca de todos os estágios de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), participando de três etapas de residência médica, em UBSs, hospitais de pequeno porte e em grandes hospitais.

Nos dois últimos semestres, uma turma de estudantes vivenciou o funcionamento do SUS e conheceu como são aplicadas as diretrizes dentro das políticas públicas do sistema. Na tarde desta quarta-feira (20), uma nova turma foi recepcionada na UBS de Ernestina para uma apresentação institucional do município, perfil da Saúde e dados a respeito de atendimentos e procedimentos feitos na unidade. As possibilidades geradas pelo convênio são vistos pela secretária Adriana como um intercâmbio de benefícios. “Através das experiências vividas em Ernestina, podemos mostrar aos estudantes que a Saúde é algo muito amplo, que precisamos agregar mais órgãos, pois não se faz Saúde somente com profissionais médicos, mas com moradia, saneamento básico, saúde física, psíquica, bem-estar, o que envolve uma equipe multidisciplinar. Em contrapartida, toda a equipe da Saúde e Assistência Social ganha mais um aprendizado e estudos aplicados sobre o trabalho que é desenvolvido, tudo com acompanhamento simultâneo da academia”, exalta.

No projeto, os estudantes passam por um processo de imersão, onde observam o funcionamento prático do SUS. No primeiro semestre, vivenciam as atividades realizadas dentro do sistema, como é feito o controle social e a atuação do Conselho Municipal de Saúde. No segundo, entendem como são implementadas as diretrizes nas políticas públicas específicas, como saúde da mulher, do homem, hipertensos, diabéticos, tabagistas, entre outros grupos que possuem trabalhos peculiares voltados às suas necessidades. Esses dois semestres correspondem à primeira etapa da residência que os estudantes da universidade federal devem realizar. Nessa primeira, os estudantes conhecem o funcionamento do SUS na Atenção Básica à Saúde, que ocorre em pequenos municípios como Ernestina. A segunda residência ocorre em hospitais de pequeno porte, onde observam trabalhos de média complexidade. Na terceira residência, os estudantes vivenciam a realidade de grandes hospitais, como os existentes em Passo Fundo e Porto Alegre. Além disso, durante essa terceira etapa, eles retornam aos pequenos municípios que conheceram na primeira residência para, agora, desenvolver ações diretamente com a população, tornando-se agentes na Atenção Básica à Saúde.

“Após conhecerem a realidade do SUS na prática, eles fizeram apontamentos muito interessantes, como situações em que podemos melhorar e outras em que já desenvolvemos ações modelos, como a atenção às gestantes. Ao vivenciarem o trabalho promovido junto à população, os estudantes traçaram um perfil epistemológico do trabalhador rural, que nos auxiliará no desenvolvimento de ações ainda mais específicas”, explica Adriana, ao avaliar os resultados obtidos com as atividades promovidas com a primeira turma. Em uma reunião que buscou traçar novos objetivos para esse segundo grupo de estudantes recebido em Ernestina, Diná explanou a representantes da universidade sobre o perfil da população do município. “Além das pessoas que residem no perímetro urbano, Ernestina possui um grande número de produtores rurais. Somente a orla da Barragem abriga mais de mil chácaras, números e peculiaridades que precisam ser levadas em consideração ao traçarmos estratégias na Saúde ernestinense”.

De acordo com a professora que ministra aulas relacionadas à saúde coletiva, Vanderleia Pulga, “estar na comunidade é aprender a trabalhar em equipe, descobrindo como funciona o SUS na prática, nos municípios e nas comunidades”. “Essa imersão é fundamental para que os futuros profissionais conheçam a realidade do SUS na população, o que complementa a formação acadêmica. Se os profissionais médicos formarem-se somente dentro de hospitais de grande porte, não conhecerão plenamente como funciona o sistema, desde o atendimento básico até os casos de alta complexidade”, completa o professor e coordenador adjunto do Curso de Medicina da UFFS, Marcelo Soares Fernandes.

A comunidade ernestinense recebeu informações a respeito do programa em uma apresentação ocorrida na tarde de terça-feira (19), no Salão da Comunidade Católica do município. Participaram a vice-prefeita de Ernestina, Diná Lima da Silva, a secretária de Saúde e Assistência Social, Adriana Voigt, integrantes da equipe da secretaria e de outros órgãos e entidades, além de membros da Terceira Idade e da comunidade em geral. Na oportunidade, foi apresentado um vídeo institucional, exaltando as potencialidades do município através de um panorama atual, além de dados sobre os trabalhos realizados pela secretaria. No final da atividade, foi servido um coquetel de confraternização, formado por alimentos produzidos no município. Adriana vê a iniciativa como uma possibilidade de crescimento conjunto. “Essa é uma experiência nova, sem precedentes, para toda a população ernestinense. A participação dos estudantes contribuiu muito”, avalia, ao lembrar-se dos dois últimos semestres em que estudantes fizeram residência médica na UBS.

(Fabricio Carvalho – Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Ernestina)

Postado em 26 agosto 2014 07:03 por JEAcontece
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