ERNESTINA – Comunidade discute segurança pública

Postado em 19 junho 2015 07:43 por JEAcontece
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Impressionada com o alto índice de criminalidade registrado em Ernestina e com a redução do policiamento local, a comunidade ernestinense lotou a Câmara de Vereadores para discutir a situação da segurança pública e sugerir medidas para reduzir a insegurança no município na manhã de terça-feira (16), a partir do chamado da administração municipal. Somente neste ano, de janeiro a maio, a Polícia Civil já soma 162 ocorrências, das quais 43 crimes, 25 ameaças e 94 fatos atípicos; enquanto a Brigada Militar contabiliza cinco ocorrências registradas e 70 boletins de atendimento. O objetivo da audiência é a construção de um plano de trabalho integrado sobre a segurança pública no município.

Representantes de diversos segmentos participaram da reunião. Do Executivo, o prefeito, Odir João Boehm, a vice-prefeita, Diná Lima da Silva, secretários municipais e servidores públicos de todas as pastas. Também estiveram presentes vereadores, empresários e a presidente da Acipae, Luciane Dapper, sindicatos, gerentes de agências bancárias, diretoras das escolas, representantes das cooperativas agrícolas, empresas de segurança privada, conselheiros tutelares, representante da Emater/RS-Ascar, associações comunitárias, imprensa, instituições religiosas, membros da Melhor Idade, entre outras lideranças locais e membros da comunidade em geral. Para esclarecer as dúvidas da população e apontar medidas cabíveis, prestigiaram a audiência pública o delegado regional da Polícia Civil, Paulo Videla Ruschel, a inspetora da Polícia Civil de Ernestina, Francielli Castro Colombo, o representante do 3º RPMon e comandante do 2º Pelotão da Brigada Militar de Passo Fundo, tenente Raul Mesquita, e o comandante do 6º GPM da BM de Ernestina, sargento Valmir Vicentini.

Na plenária, a comunidade manifestou preocupação com o alto número de ocorrências criminais dos últimos meses frente à redução no efetivo policial que cobre o município, com número de policiais e carga horária insuficientes para o policiamento diário de 24 horas. De acordo com o tenente Mesquita, a BM de Passo Fundo, que cobre Ernestina e outros municípios da região, trabalha com defasagem de 40% de policiais militares, o que impossibilita o policiamento ostensivo em toda a região. Segundo Mesquita, o corte orçamentário do governo do Estado também afeta o efetivo policial e o expediente de trabalho, pois o governo exige redução nas horas extras dos policiais.

Além dos questionamentos e sugestões feitas durante a audiência, a população pode preencher cédulas com reclamações e sugestões para a melhoria da segurança pública no município. Entre as reivindicações mais apontadas, está o aumento do efetivo da BM e maior carga horária de expediente para que seja possível contar com atendimento 24 horas por dia no município, e a efetivação da Patrulha Rural.

Todos os representantes da Polícia Civil e Brigada Militar reforçaram, na oportunidade, a importância de a população registrar as ocorrências, para que seja possível ter um mapeamento mais preciso dos crimes cometidos em Ernestina e a adoção de ações direcionadas a realidade do município. “Sobre a Patrulha Rural, por exemplo, precisamos que as pessoas registrem os casos de abigeato. A partir disso poderemos reforçar o policiamento no interior. Sem o registro, não temos como saber que o crime aconteceu”, explicou o sargento Vicentini.

As dúvidas da população também rondaram o que deve ser feito na ocorrência dos crimes fora do horário de expediente, momento em que os representantes transmitiram a população números de contato da BM e PC de Passo Fundo, que trabalham 24 horas. “Os órgãos de segurança pública trabalham integrados. Através do sistema, temos acesso a ocorrências registradas em todos os outros órgãos, como Brigada Militar, Polícia Rodoviária e Federal, entre outros. Nós trabalhamos com informação e para isso precisamos que as pessoas registrem as ocorrências”, explicou Ruschel. O delegado da Polícia Civil também reforçou que uma das causas dos cortes em segurança é a redução de repasses estaduais e federais.

O prefeito de Ernestina, Odir João Boehm, relatou que o objetivo da administração municipal ao convocar a população para a audiência é buscar medidas para a melhora da segurança pública no município. “Segurança não é responsabilidade somente do Estado, mas de todos nós. Para isso, precisamos nos unir e buscar soluções em conjunto. Quem não registra ocorrência e é omisso está colaborando para o aumento da criminalidade”, frisou Boehm. “Fizemos um chamamento e a comunidade respondeu. As polícias são pilares fundamentais da nossa segurança pública, mas precisamos todos fazer a nossa parte para que possamos alcançar resultados práticos que melhorem a segurança da nossa população”, complementou a vice-prefeita, Diná Lima da Silva. Em 2015, o Estado entregou a Brigada Militar do município uma viatura nova através da Participação Popular e Cidadã. A administração municipal busca também para este ano, junto ao governo estadual, recursos destinados à construção de um novo prédio para a Brigada Militar e Polícia Civil do município.

Os apontamentos da audiência resultarão em ofícios que serão enviados a diversos órgãos federais e estaduais, pressionando e cobrando melhorias na segurança pública. Outra sugestão diz respeito a ações de conscientização junto a estudantes e pais nas escolas do município. O Programa Proerd, da Brigada Militar, foi uma das reivindicações da comunidade ernestinense.

(Fabricio Carvalho – Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Ernestina)

Postado em 19 junho 2015 07:43 por JEAcontece
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