TAPERA – Dona Matilde comia “o pão que o diabo amassou” na convivência com o marido.
Torquato era um machista incorrigível, senhor da verdade, tirano doméstico que atormentava a família.
Além do mais, costumava soltar os demônios dentro dele quando se embriagava.
Humilde, sempre pensando nos filhos e na religião, Dona Matilde tolerou durante décadas suas impertinências.
Finalmente Dona Matilde retornou à Pátria Espiritual. Em face de seus méritos, foi residir em aprazível comunidade espiritual, feliz e cercada de amigos e familiares.
Então veio a notícia perturbadora: o Torquato estava para desencarnar.
Procurou Adelaide uma amiga que costumava orientá-la.
– E agora, como farei? Vai ser terrível encontrar o Torquato!
Adelaide a tranquilizou:
– Não se preocupe, minha querida. Conhece as barreiras vibratórias?
– Desculpe minha ignorância, mas não sei do que está falando.
– Barreiras vibratórias delimitam a ação dos Espíritos desencarnados, determinada pelo seu comportamento moral na Terra.
– Seu marido não tem condições para morar com você aqui. Está gravemente comprometido com o erro e o vício. Ficará no Umbral, em estágio depurador, antes de retornar em nova reencarnação para mais uma lixada em suas imperfeições.
Então, a senhora suspirou aliviada.
– Ah! Abençoadas barreiras vibratórias.
Cada um aqui na Terra, pela sua conduta, boa ou má, está determinando seu campo vibratório e retornará à Pátria Espiritual, ocupando o lugar que lhe cabe conforme seu mérito, de paz, harmonia e alegria ou de tristeza, dor e sofrimento.
Sociedade Espírita Raios de Luz