Em implantação, canola apresenta bom desenvolvimento no RS

Postado em 17 junho 2020 16:00 por JEAcontece
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É intenso o ritmo de implantação da cultura da canola nas regionais de Ijuí e Santa Rosa. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quarta-feira (10/06), em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), na região de Ijuí, as lavouras apresentam uniformidade de emergência; nas mais adiantadas, há bom estágio de desenvolvimento vegetativo (entre duas e quatro folhas) e bom estande. Na de Santa Rosa, o plantio da canola já alcança 13.600 hectares. As primeiras lavouras semeadas apresentam bom estande de plantas, sendo possível observar as linhas bem definidas de semeadura.

Devido às condições de menor insolação, não houve grande avanço do crescimento da canola. A alta umidade preocupa os produtores, diante da possível ocorrência de doenças, principalmente em locais mais baixos. Assim que as condições climáticas forem favoráveis, em algumas áreas já será aplicada adubação nitrogenada. O preço médio da canola na Regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí é de R$ 87,50; na de Santa Rosa, de R$ 93,90/sc.

No trigo, a semana foi de ampliação das áreas de plantio nas regiões de Frederico Westphalen, Santa Maria, Santa Rosa, Erechim, Bagé, Ijuí, Pelotas e Soledade. Já nas regionais da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul e Passo Fundo, segue intenso o preparo das áreas. Em Caxias do Sul, os produtores nos Campos de Cima da Serra estão dessecando as plantas de cobertura, semeadas logo após a colheita da soja, para semear trigo no período entre 20 de junho e 10 de julho. Na de Passo Fundo, os produtores finalizam o preparo das primeiras áreas de plantio, que inicia em 10 de junho e se estende até 10 de julho. Há perspectiva de ampliação da área em 30% em relação à safra passada.

Na região de Frederico Westphalen, as áreas semeadas com trigo estão em germinação e desenvolvimento vegetativo; a perspectiva de tempo favorável e de bons preços tem mantido a tendência de elevação de 15% na área plantada em relação a 2019. Na de Santa Maria, a área de plantio está aumentando devido às condições favoráveis de umidade no solo. As lavouras estão em germinação e iniciam o desenvolvimento vegetativo. Na Regional de Santa Rosa, as condições favoráveis permitiram o avanço do plantio, que já chega a 142 mil hectares. As lavouras estão com excelente estande, boa germinação e ótimo desenvolvimento inicial. Na de Bagé, as condições do tempo favorável e da umidade de solo permitiram na Fronteira Oeste intensificar a semeadura e iniciá-la na Campanha, chegando a 12 mil hectares. Na regional de Ijuí, a semeadura do trigo ocorre em ritmo lento devido à umidade no solo. Em geral, as lavouras implantadas estão com excelente estabelecimento inicial, emergência uniforme, crescimento rápido e baixa incidência de pragas e doenças. Nas regiões de Erechim e Pelotas, foram iniciados os plantios, com sinalização de aumento de área em relação à safra passada. Na regional de Soledade, as áreas plantadas já atingem 13,5 mil hectares e apresentam bom desenvolvimento inicial, favorecidas pelo retorno da umidade do solo com as precipitações ocorridas na semana e a boa radiação solar.

Cevada – Nas regionais de Erechim e Ijuí, a cultura está em implantação. Na de Erechim, chegou a 1.350 hectares. A perspectiva de aumento na área plantada está na dependência dos contratos entre os produtores e a empresa cervejeira. Na de Ijuí, segue a semeadura da cultura nos municípios onde os produtores têm experiência com a cultura, e nos quais as cerealistas e/ou cooperativas têm programas de fomento e recebem o produto. A área implantada já chega a 1.540 hectares, e as lavouras apresentam estabelecimento inicial satisfatório e boa sanidade.

Aveia branca – Na Regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a cultura está com a semeadura finalizada, atendendo às orientações do período recomendado no zoneamento de risco climático. Todas as lavouras estão emergidas, com estabelecimento inicial satisfatório, tamanho e número de plantas uniformes e desenvolvimento rápido.

CULTURAS DE VERÃO
Milho – Na maior parte das regiões do Estado predominou a alta umidade no solo devido às chuvas ocorridas, atrasando a conclusão da colheita, que já alcança 98%. As solicitações de vistorias de Proagro seguem ocorrendo nas lavouras que utilizam a política de crédito rural no Estado. Até terça-feira (09/06), técnicos da Emater/RS-Ascar realizaram 6.549 vistorias de Proagro em lavouras de milho. Ao todo, já foram realizadas 18.506 vistorias desde 01 de dezembro de 2019, em virtude dos danos provocados pela estiagem.

Milho silagem – Na região administrativa de Ijuí, as últimas áreas de milho estão evoluindo lentamente nos seus estádios fisiológicos, fato associado à diminuição das temperaturas e do período de insolação. Os grãos apresentam elevada umidade, dificultando a colheita. Na de Pelotas, a colheita do milho para silagem está concluída. Muitas das áreas do milho que eram para grãos foram aproveitadas para elaboração de silagem, a qual é de qualidade inferior e apresenta rendimentos bastante baixos. A produtividade média chegou a 10.857 quilos por hectare.

Feijão 2ª safra – Na região de Ijuí, a semana se caracterizou pela espera da melhoria do tempo para concluir a colheita que ainda não está finalizada. O rendimento médio tem se mantido em 1.340 quilos por hectare. Na de Frederico Westphalen, a colheita chegou a 95% da área plantada, com produtividade de 1.110 quilos por hectare. As lavouras em maturação se apresentam desuniformes e prejudicadas na formação de grãos.

OLERÍCOLAS E FRUTÍCOLAS
Cenoura – Na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, iniciou a implantação de áreas que estavam atrasadas, cujo ritmo é impulsionado pelo restabelecimento da umidade do solo. No entanto, ainda há insegurança em realizar plantio pela falta de água das fontes de irrigação. No Litoral, 100% das lavouras encontram-se em fase vegetativa.

Mandioca/Aipim – Na regional de Lajeado, em Cruzeiro do Sul, segue a colheita. A produtividade é de 12 toneladas por hectare, com produção de raízes de ótima sanidade, porém mais finas. O preço está entre R$ 22,00 e R$ 24,00/cx. de 20 quilos, pago ao produtor na propriedade. Na Ceasa, a caixa de 20 quilos foi comercializada a R$ 30,00, valor considerado muito bom para este período, no qual normalmente a oferta é elevada. A precificação reflete a redução da oferta geral, em decorrência da forte estiagem ocorrida.

Noz-pecã – Na Regional de Erechim, a área implantada com a cultura vem crescendo. Produtores preparam o produto colhido para a venda. O preço é de R$ 15,00/kg. Em Cachoeira do Sul, na Regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, a colheita da safra foi concluída em 90% dos pomares. Na região, são cultivados 1.743 hectares de nogueira-pecã. Na região de Lajeado, a área de cultivo de nogueira-pecã é de 810 hectares, envolvendo 424 famílias no cultivo desta frutífera. Está em Anta Gorda a maior área de cultivo no Vale do Taquari e segunda do Estado, com 530 hectares, a maior concentração de produtores do Estado. A pecanicultura está em franca expansão na região. Nos últimos três anos, a área de cultivo passou de 670 hectares para os atuais 810 hectares, um aumento de 21% na área, e o número de produtores passou dos 385 para os atuais 424, agregando mais 39 produtores à atividade.

PASTAGENS E CRIAÇÕES
Em todo o Estado, as pastagens perenes de verão e os campos nativos apresentam baixa produção de forragem, com baixa qualidade alimentar e nutricional. As pastagens cultivadas anuais de inverno, favorecidas pelo clima das últimas semanas, vêm apresentando bom nível de crescimento e desenvolvimento. No entanto, boa parte das áreas ainda não oferece disponibilidade para o pastejo, por terem sofrido atraso na implantação e no desenvolvimento durante a estiagem. Muitos criadores aproveitam a umidade do solo para fazer adubação nitrogenada de cobertura, a fim de acelerar o crescimento das pastagens e recuperar parte do atraso sofrido no estabelecimento das forrageiras. Em algumas áreas, ainda está sendo realizado o plantio de pastagens anuais de inverno, que costuma ser feito de dois a três meses antes. Em áreas onde o pastoreio está sendo realizado com altura dos pastos abaixo do recomendado pelos técnicos e em áreas com excesso de umidade no solo, houve danos às pastagens, causados por pisoteio e arranquio.

Na maior parte das áreas do Estado, a produção de leite bovino é, de forma predominante, à base de pasto, com suplementação alimentar à base de silagem. Em função da longa estiagem, o atual vazio forrageiro outonal é bem mais severo que o normal, em função do encurtamento do ciclo das pastagens de verão, do atraso na implantação das forragens de inverno e do baixo volume e da baixa qualidade da produção de silagem neste ano. Com a melhoria das condições climáticas, que propiciaram melhor desenvolvimento das pastagens hibernais, e ampliação de áreas com disponibilidade para o pastoreio, já se pode observar em algumas regiões uma gradativa recuperação do escore corporal dos rebanhos e da produção leiteira, e a estabilização ou diminuição das perdas em outras.

Na Apicultura, nas diversas regiões do Estado, as atividades prioritárias nos apiários são o monitoramento das colmeias e a suplementação alimentar, naquelas em que ela se faz necessária para a manutenção de boas condições energéticas para que as abelhas enfrentem os períodos de temperaturas mais baixas.

Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues – Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Postado em 17 junho 2020 16:00 por JEAcontece
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