O Delegado de Polícia Antônio Carlos Raactz que investigou a morte do menino Miguel de sete anos ocorrido em julho de 2021 em Imbé, foi a primeira testemunha a ser ouvida na manhã desta quinta-feira, 04, no 3º andar do Foro de Tramandaí, onde ocorre o julgamento de Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 28, e a companheira dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa, 26. Elas respondem por homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver.

O clima é bastante tranquilo na parte externa do Foro e na sala onde ocorre o julgamento estão apenas imprensa e acadêmicos de direito e advogados que vieram acompanhar a sessão. Cadeiras reservadas para os familiares estão vazias.

O delegado que chegou a se emocionar em alguns momentos do depoimento, também se exaltou ao falar sobre a mãe de Miguel. “aqui ela vai fazer um teatro, porque ela é mentirosa, uma sem vergonha. Não tenho nenhum respeito em relação a ela, nenhum! Ela é um monstro, ela não é uma pessoa” afirmou o delegado.

Raactz falou sobre a ausência do pai na criação do menino e afirmou que ele poderia estar vivo se não tivesse ido morar com a mãe. “O Miguel não teve pai. Ele teve avô, teve avó. Se tivesse ficado com os avós estaria vivo” afirmou.
O depoimento de Antônio Carlos Raactz, que foi arrolado pelo MP como testemunha de acusação deve ser o mais extenso do dia. Estão previstos os depoimentos de nove testemunhas ao longo da sessão.

O julgamento deve durar, pelo menos, dois dias. Toda a repercussão deste julgamento pode ser acompanhado no FM 102.5 através de boletins do repórter Leandro Vesoloski que acompanha a sessão e atualiza o caso.

Rádio Uirapuru