Dengue: calor aumenta risco de proliferação do mosquito

Postado em 25 novembro 2019 10:03 por JEAcontece
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Número de casos suspeitos e índice de infestação tendem a crescer; Apesar de risco de epidemia em Chapecó, situação de Passo Fundo está dentro da normalidade

A chegada do calor reflete também no crescimento do risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti e das doenças transmitidas pelo vetor, como a dengue. Em Chapecó (SC), a 180 quilômetros de Passo Fundo, o cenário é de alto risco para uma epidemia, conforme relatório da prefeitura local – todos os bairros apresentam condições de infestação média ou alta. Contudo, apesar da proximidade, a situação de Passo Fundo segue dentro da normalidade.

Em outubro, um Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) foi realizado em Passo Fundo e indicou um baixo risco de infestação – de 0,5%, o que significa que a cada 100 casas visitadas 0,5 tem a presença do mosquito. Mesmo com o baixo risco, o município teve, no mês passado, um caso autóctone (contraído no município) de dengue confirmado – a partir disso, é realizado um bloqueio de transmissão viral: protocolo do Ministério da Saúde que recomenda a análise da residência e mais 150 metros nos arredores para verificar se há mais pessoas com o quadro suspeito.

A tendência nessa época do ano é de aumento nos índices e também nos casos suspeitos, informa a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental da Saúde de Passo Fundo, Ivânia Silvestrin.

“O panorama de baixa infestação tende a mudar em decorrência do calor e a Vigilância tem recebido notificações mais frequentes de casos suspeitos”, pontua. “Nós mantemos visitas às residências regularmente no ano todo, independente do clima e agora os agentes de saúde têm realizado campanhas nas escolas sobre prevenção e eliminação do mosquito”.

LIRAa carazinhense é 0,6%
André Prado, coordenador da Vigilância Sanitária e Ambiental de Carazinho, revela que atualmente nenhum caso suspeito das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti está sob investigação. Neste ano, até o momento, o município registrou cinco casos de dengue, todos importados.

“Foram pessoas que viajaram para fora do Estado e foram contaminadas em outras regiões. Todas elas apresentaram os sintomas depois do retorno a Carazinho e nós tomamos todas as medidas necessárias do chamado bloqueio de transmissão viral”, destaca.

Prado coloca que no último Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti, o percentual carazinhense chegou a 0,6%, número considerado dentro do ideal para risco baixo de epidemia.

“No entanto, é preciso continuar tendo cuidado pois o clima está propício para o desenvolvimento do mosquito”, alerta.

Sobre o risco que representa o alto índices de LIRAa ou mesmo de número de casos em outras cidades, André Prado destaca que ele existe. “O deslocamento de pessoas e veículos é um risco. Carros, ônibus e até caminhões podem levar o mosquito. Além disso, as pessoas podem se contaminar em outras cidades, voltar, contaminar um mosquito aqui e este replicar as doenças para outras pessoas”, justifica.

Diário da Manhã

Postado em 25 novembro 2019 10:03 por JEAcontece
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