“Curar as feridas da alma!” (Is 61,1)

Postado em 14 novembro 2015 07:40 por JEAcontece
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Nossa Diocese de Cruz Alta recebe, com alegria, seu mais novo membro da família sacerdotal, o cruz-altense Douglas Carré.  Seu lema de ordenação foi tirado do profeta Isaías, que se compreende chamado por Deus para uma missão junto ao seu povo. O profeta recebe uma especial consagração e unção do Espírito Santo. Uma dessas missões é “curar as feridas da alma” (Is 61,1). A vocação do padre, como a do profeta, funda suas raízes na fé, que reconhece um chamado divino para uma missão. Não é uma função ou profissão, é uma resposta e entrega pessoal e total a Deus, em favor da Igreja.

Padre misericordioso
Douglas compreende assim o lema que escolheu: “Como presbítero quero assumir, a exemplo de São João Maria Vianney, a “cura”, isto é, o cuidado das feridas dos corações das pessoas, através do sacramento da penitência e através da direção e orientação espiritual. Os sofrimentos que as pessoas carregam em seus corações, em suas almas, precisam de cura, não de curas mágicas, mas de libertação mesmo, e acredito que como padre, no sacramento da confissão, na escuta e na orientação poderei ser mediador em Cristo da cura destes sofrimentos!” Já escreveu S. João Paulo II, que “os presbíteros são chamados a prolongar a presença de Cristo, único e sumo Pastor, atualizando o seu estilo de vida e tornando-se como que a sua transparência no meio do rebanho a eles confiado.” (PDV 15). Um pastor misericordioso, como foi Jesus, é o que se espera do padre. Lembra-nos o Bom Samaritano que se inclina sobre o homem caído e ferido e cura suas feridas. Estas podem se manifestar de diferentes modos: no corpo, na alma e no espírito. Diante delas Jesus nunca ficou indiferente. Deixou-se mover pela misericórdia. E quantas feridas! Roguemos ao Senhor que envie a sua Igreja pastores capazes de curar as feridas.

Promotor da comunhão
Dentre os carismas que o Espírito Santo suscita há o da direção, a função de presidir, de construir a unidade na diversidade. É um serviço em função dos outros serviços e carismas. Tal é o carisma do padre. O serviço à unidade pode ser comparado à missão do regente de uma orquestra sinfônica. Ele não é a orquestra, mas a orquestra se reconhece na pessoa dele. Por sua vez, o regente, sem a orquestra, não existe. Orquestra e regente obedecem a uma partitura, que na metáfora eclesial é a Palavra de Deus. Criar, incentivar e desenvolver a ordem harmônica na comunidade, eis a função do padre. Ele tem a responsabilidade primeira do anúncio do Evangelho, e que este seja anunciado, por ele e pelos leigos, na unidade da fé, em comunhão com o bispo e os demais padres da Diocese, com Igreja de Roma e com a fé dos apóstolos. Ele é o guardião da fé (cf.1Tm 6,20). Ele é o ministro da comunhão, sobretudo, pela presidência da Eucaristia. Por meio dela constrói-se a unidade da Igreja. Nela a Igreja se reconhece: reunida pelo Espírito Santo para escutar a palavra do Evangelho e celebrar o memorial do Senhor sob a presidência de seus pastores.

Bem-vindo, Pe. Douglas à nossa família presbiteral da Diocese de Cruz Alta. O povo, os padres e o bispo te acolhem com alegria.

Dom ADELAR BARUFFI
Bispo de Cruz Alta

Postado em 14 novembro 2015 07:40 por JEAcontece
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