CRUZ ALTA – Vida consagrada: a radicalidade no seguimento de Jesus

Postado em 15 agosto 2015 07:11 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta – RS

A terceira semana de agosto é dedicada à Vida Consagrada. Neste ano, assume especial importância, pois estamos vivendo o Ano da Vida Consagrada, proclamado pelo Papa Francisco, que se estende até o dia 02 de fevereiro de 2016.

“Desde os primórdios da Igreja existiram homens e mulheres que se propuseram pela prática dos conselhos evangélicos seguir a Cristo com maior liberdade e imitá-lo mais de perto, e levaram, cada qual a seu modo, vida consagrada a Deus” (PC 1). As formas de vida consagrada são várias, como “uma grande árvore, de múltiplos ramos”. Expressa-se na vida monástica, contemplativa e ativa, na vida religiosa nas diferentes congregações e ordens, nos institutos seculares, nas sociedades de vida apostólica e outras novas formas.

A busca da santidade na pobreza, castidade e obediência

Uma nota que caracteriza a vida consagrada é a radicalidade no seguimento de Jesus Cristo. Pela sua forma de vida, expressam de maneira clara a vocação de todos os batizados à santidade, procurando “ter os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo” (Fl 2,5). Recordo Santa Terezinha do Menino Jesus, que dizia: “Não quero ser uma santa pela metade; não tenho medo de sofrer por Vós; só tenho medo de uma coisa, é de conservar a minha vontade, tomai-a, porque «eu escolho tudo» o que Vós quereis” (Manuscrito A, 10v). É um caminho de especial dedicação a Cristo, a serviço do Reino de Deus, de coração indiviso, de forma plena, total, “assumindo a forma de vida que Cristo escolheu para vir a este mundo: vida virginal, pobre e obediente” (DAp 216).

Um olhar de gratidão

Trata-se de uma forma radical de vida cristã, que tem encantado muitos homens e mulheres durante toda a história da Igreja. Quantos santos e santas, missionários e missionárias, a maioria vivendo no anonimato, numa entrega cotidiana, com alegria, à missão. Basta olhar a história da Igreja no Brasil, desde os primórdios com a presença dos missionários europeus, na sua maioria religiosos e religiosas.  A vida da Igreja em nossa Diocese de Cruz Alta também é marcada pela presença de várias congregações religiosas, masculinas e femininas. Quanta contribuição à Igreja e à sociedade, na educação, na saúde, na pastoral paroquial, na assistência social e promoção humana, na agricultura e nas cidades, no trabalho com as crianças, os idosos, os pobres, os dependentes químicos, no acolhida e aconselhamento. A todos e todas, nosso muito obrigado.

Despertar o mundo

Falando aos religiosos, o Papa Francisco diz que “devem ser homens e mulheres capazes de despertar o mundo.” Isto porque “quem foi encontrado, alcançado e transformado pela Verdade que é Cristo, não pode deixar de anunciá-la” (Francisco, 27/07/13). Carregam consigo a memória da fé; na proximidade se fazem companhia no caminho humano, inclinando-se com amor materno e espírito paterno aos sofredores e são sinais que apontam profeticamente para a realização do Reino. Testemunham que somente Deus basta e, assim, a vida tenha sentido e alegria.

A todos os consagrados e consagradas, especialmente de nossa Diocese de Cruz Alta, minha gratidão e meu abraço.

Postado em 15 agosto 2015 07:11 por JEAcontece
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