CRUZ ALTA – Peregrinação ao túmulo de São Pedro

Postado em 03 outubro 2015 07:08 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta

“Sois testemunhas do Ressuscitado. Esta é a vossa tarefa primordial e insusbstituível.” Estas palavras são parte da mensagem que o Papa Francisco dirigiu-nos, no dia 10 de setembro, na Sala Clementina, no Vaticano. O inesquecível encontro com o Papa fez parte da Peregrinação ao túmulo de São Pedro, um congresso que reuniu 124 bispos recém-ordenados, de 37 diferentes nações do mundo. Do Brasil éramos 16, o maior grupo.

Experiência de comunhão e catolicidade
O título do encontro, que aconteceu do dia 07 a 16 de setembro, em Roma, indica que não se tratou primeiramente de um curso para aprofundar temáticas referentes à nossa missão, mas de uma peregrinação. Tem a ver com nossa fé. Faz-nos compreender que o episcopado não é somente uma função, uma tarefa a realizar. Trata-se, antes, de um vínculo essencial com Jesus Cristo e com toda a Igreja, na sucessão apostólica, para continuar, hoje, a missão que o Ressuscitado confiou aos apóstolos de anunciar o Evangelho a toda a criatura. Esta missão é realizada na comunhão com todos os bispos do mundo, o colégio apostólico, com Pedro, que, como bispo de Roma, preside a Igreja na caridade. Assim, o bispo é, ao mesmo tempo, o Pastor da Diocese que lhe foi confiada e tem uma solicitude por toda a Igreja. A mesma Igreja de Jesus Cristo se manifesta de muitos modos, nas diferentes culturas, constituindo o mesmo Povo de Deus peregrino em todo o mundo. É a catolicidade da Igreja, sua universalidade.

O Papa, sinal de unidade
Nosso encontro com o Papa não foi uma simples visita. Foi um sinal concreto de nossa comunhão com o sucessor de Pedro. Diante do túmulo de Pedro fizemos a profissão de fé da Igreja. Ao nos saudar, destaca-se, sobretudo, o seu modo paterno e afetuoso que demonstrou. Acolheu-nos, encorajou-nos, mostrou-nos o que é o mais importante em nossa missão. Seu olhar penetrante, o aperto de mão generoso e suas sábias palavras manifestam sua paternidade espiritual.

Guias espirituais, mistagogos e missionários
Nossa missão inicia com os fiéis que “são de casa”, disse-nos o Papa. Para estes, quais guias espirituais, sejamos “capazes de lhes pegar pela mão e de subir com eles ao Tabor (cf. Lc 9, 28-36), guiando-os ao conhecimento do mistério que professam”. Com os que não vivem a fé recebida no batismo “dedicai tempo para os encontrar ao longo do caminho do seu Emaús. […] Mais do que com palavras, entusiasmai o seu coração com a escuta humilde e interessada no seu verdadeiro bem, até que se abram os seus olhos e eles possam inverter a rota, voltando para Aquele do qual se tinham afastado.” Aos que “não conhecem Jesus”, “caminhai na sua direção, parai diante deles e, sem medo nem sujeição, vede a que árvore subiram (cf. Lc 19, 1-10). Não tenhais receio de os convidar a descer de imediato porque, precisamente hoje, o Senhor deseja entrar na sua casa.” Assim, no episódio da Transfiguração, dos Discípulos de Emaús e de Zaqueu, mostrou-nos os ícones da missão do bispo.

Concluo transmitindo a toda nossa Diocese a bênção que o Papa Francisco nos deixou. Na comunhão com toda a Igreja vivemos a “alegria do Evangelho” em nossas famílias e comunidades.

Postado em 03 outubro 2015 07:08 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop