CRUZ ALTA – Diocese de Cruz Alta se prepara para ordenação sacerdotal

Postado em 10 novembro 2015 06:52 por JEAcontece
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A Diocese de Cruz Alta se prepara para um momento especial, a ordenação sacerdotal do Diácono Douglas Carré, que será realizada no dia 13 de novembro, às 19h30min, na Catedral Divino Espírito Santo. Esta será a primeira Ordenação Sacerdotal de Dom Adelar Baruffi como bispo Diocesano de Cruz Alta. Já no dia 15 de novembro, ele celebra sua primeira missa solene, às 10h, na Catedral. Após, um almoço de confraternização, por adesão, será servido no salão paroquial, sendo a comunidade convidada a participar de ambos os momentos.

Por se tratar de um momento importante para nossa Igreja, conversamos com o Diácono Douglas, para saber sobre os preparativos e, também, um pouco mais sobre o caminho que o levou até aqui.

Como estão os preparativos para receber a ordenação?
Douglas: Os preparativos para a ordenação estão indo “de vento em popa”. Muitas pessoas, principalmente da Paróquia da Catedral, estão envolvidas para que tudo dê certo, sobretudo para que as pessoas que vierem participar deste momento importante da minha vida e da vida da Igreja sejam bem acolhidas. A Equipe Diocesana de Animação Vocacional também está trabalhando, desde a metade do último mês, em muitas comunidades católicas de Cruz Alta, em vista da conscientização e da criação de um ambiente comunitário que propicie ao jovem discernir sua vocação e responder ao chamado de Deus, pois toda ordenação sacerdotal é, também, um momento importante de promoção vocacional.

Já a minha preparação pessoal espiritual vem acontecendo há mais tempo, certamente desde que entrei no seminário há 9 anos. Semana passada esta preparação se intensificou ainda mais com o retiro que fiz no Mosteiro Beneditino em Santa Rosa. Foi um momento muito marcante, de muita reflexão e oração.

Como a sua família te auxiliou nesse processo vocacional?
Douglas: Hoje vejo que já tinha sinais de vocação quando era criança e ia à missa na Catedral e ficava admirado com a forma como os padres e sobretudo o bispo, Dom Jacó Hilgert, falavam e presidiam as celebrações. Essa marca da infância, proporcionada pela minha família que me levava às celebrações, jamais se apagou da minha memória. Ainda que não presente fisicamente no seminário minha família sempre me acompanhou e sempre respeitou minha decisão, isto foi fundamental. Pude optar pela vida sacerdotal porque meus pais me permitiram ter liberdade para isto.

O que mais te encantou na vocação sacerdotal?
Douglas: Num primeiro momento, quando era criança, certamente, o que mais me encantava era ver e ouvir os padres nas celebrações. Guardo na memória, quando tinha 5 ou 6 anos de idade, a forma como eram as homilias e as missas solenes, na Catedral, celebradas pelo bispo. Posteriormente, sentindo o apelo vocacional e o aprofundando, fui percebendo a grandiosidade da missão e da vocação do padre. São João Maria Vianney, padroeiro dos párocos, dizia que “o padre não é padre para si mesmo, mas para os outros”. Esta é uma grande missão, não viver para si mas para os outros, estar sempre disponível e disposto a ouvir, aconselhar, orientar, acolher e conduzir a Jesus.

Porque a escolha do lema “Curar as feridas da alma”?
Douglas: O lema sacerdotal é escolhido por todo padre, antes da ordenação, e sintetiza a grande motivação de cada um para o exercício do seu ministério. Escolhi este lema, “Curar as feridas da alma” (Isaías 61,1), porque esta é uma das missões do sacerdote. Como presbítero quero assumir, a exemplo de São João Maria Vianney (grande confessor e orientador espiritual), a cura, isto é, o cuidado das feridas dos corações das pessoas, através do sacramento da penitência e da direção espiritual. Os sofrimentos, as mágoas, as tristezas e angustias que as pessoas carregam em seus corações precisam ser cuidados, precisam de cura. Quem oferece esta cura é somente Jesus, Ele é o único capaz de “curar as feridas da alma” e como padre quero ser mediador d’Ele nesta missão, ouvindo, acolhendo e orientando.

Quais suas expectativas como sacerdote?
Douglas: Quero ser padre para “curar as feridas da alma”, ajudar as pessoas, sobretudo os que mais sofrem, a terem mais vida e assim serem mais felizes. Foram 9 anos de preparação, de muito estudo e muita oração. Assumir o sacerdócio é um passo muito ousado nos dias de hoje, mas vou dá-lo com confiança, confiando em Nosso Senhor que não nos abandona jamais.

O que você diria ao jovem que ainda não se decidiu por sua vocação?
Douglas: Diria: seja autêntico(a) e ousado(a)! Se Jesus te convida, seja autêntico(a). Não responda de forma negativa, como muitos respondem, por medo ou vergonha. O mundo de hoje nos exige autenticidade e este é um valor que a juventude tem de sobra. O que falta, na maioria das vezes, é a ousadia de dar uma outra resposta que não seja a convencional, uma resposta diferente daquela que é dada pela maioria. Isso vale para muitas situações e pode ser aplicado a diversas delas. Precisamos de mais ousadia, sair do convencional e daquilo que é ditado pela maioria. Os primeiros discípulos de Jesus foram, sobretudo, ousados. Acreditaram que, com Jesus, eles poderiam ser melhores do que eram, poderiam fazer mais do que o que faziam e se dedicar a uma causa maior, uma causa pela qual vale a vida.

Os convites para o almoço podem ser adquiridos na Secretaria da Catedral, ou pelo telefone (55) 3322.1258.

Postado em 10 novembro 2015 06:52 por JEAcontece
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