No último sábado, o estado conheceu seus novos representantes
Em uma noite de magia e quebra de preconceitos, com elegância e belíssima organização, Cruz Alta recebeu mais uma edição do Concurso Miss e Mister Diversidade Rio Grande do Sul. Mais de 50 municípios tiveram representação no concurso estadual, que busca dar visibilidade ao público LGBT, com a finalidade de estagnar o preconceito e a intolerância, crescentes e inaceitáveis em uma sociedade evoluída.
O grupo “O quinto poder”, em uma de suas canções, canta que “o preconceito é intolerância, o preconceito é hierarquia”, e foi justamente o que a organização da festa da diversidade buscou quebrar no sábado, 16, quando o salão do Clube Internacional se encheu de tolerância, respeito, torcidas, brilho, diversão. Uma competição com alegria e, diversidade, como o próprio nome sugere.
O Vereador Everlei Martins, um dos idealizadores do concurso, reforçou a importância de um concurso a nível estadual ser apresentado em Cruz Alta. “Tivemos, além da representação contra a homofobia e crimes de ódio contra o público LGBT, mais uma possibilidade de inserir Cruz Alta no cenário nacional, uma vez que mais de 50 municípios estiveram presentes na Festa da Diversidade 2017”, pontua. A Vereadora Luirce Paz, apoiadora do evento e escolhida como Madrinha da Diversidade do Rio Grande do Sul, foi também uma das juradas do concurso.
O título de Miss Diversidade RS 2017 ficou com a cidade de São Luiz Gonzaga, representada por Mikeli Roballo. A vice Miss foi Phlavia Macarv, de Estrela. Bruno Popko, do município de Canoas, foi escolhido como Mister Diversidade 2017, e a vice colocação ficou com o município de Rosário do Sul, representado por Matheus Alves.
A Riograndense Natasha Cardoso foi escolhida a Miss Trans 2017, seguida por Bianka Ploharski, de Porto Alegre. A Top Drag vencedora da noite foi Beyoncé Dolls, de Novo Hamburgo e a vice colocada foi Betina Vogge, de São Leopoldo.
Um dos objetivos do Vereador Everlei Martins, militante assíduo da causa LGBT é mostrar que, ainda que ajam diferenças comportamentais entre as pessoas, todas as escolhas devem ser respeitadas. “Não é porque uma pessoa pensa diferente da outra que a mesma deve agir com intolerância. Buscamos o respeito”, diz. A luta é para que as pessoas sejam aceitas, respeitadas e possam viver de acordo com suas escolhas, em uma sociedade em que todos saibam se colocar no lugar do outro e vivam o verdadeiro sentido da palavra empatia.