CRUZ ALTA – Com Maria, formamos comunidade servidora da vida!

Postado em 10 outubro 2015 07:26 por JEAcontece
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Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta

Estamos vivendo a 64º Romaria Nossa Senhora de Fátima. Quem nos reúne é Maria, qual mãe que reúne seus filhos e os acolhe com alegria. Vemos nela nossa mãe, modelo e intercessora. Ela nos inspira um modo de viver nossa fé.

Caminhar com Maria

Maria é a “peregrina da fé” (LG 58). “Assim, ela progrediu… na peregrinação da fé e manteve fielmente sua união com o Filho até a cruz, junto à qual se manteve erguida (cf. Jo 19,25), sofrendo profundamente com seu Unigênito e associando-se ao seu sacrifício com entranhas de Mãe…” (LG 58). Como criatura humana, mulher, filha de Israel, através de seu itinerário humano, ela se abriu à Palavra de Deus. Neste caminho, foi chamada à fé e aprendeu a ser discípula, de etapa em etapa, desde o “sim” da anunciação e da exultação do Magnificat até a angústia silenciosa do Calvário. “É a discípula mais perfeita do Senhor.” (DAp 266).

A caminhada, a romaria, é um símbolo que expressa quem somos: povo de Deus a caminho. “A decisão de caminhar em direção ao santuário já é uma confissão de fé, o caminhar é um verdadeiro canto de esperança e a chegada é um encontro de amor.” (DAp 259). O olhar do peregrino repousa, num silêncio profundo, sobre a imagem da Mãe. É somente uma imagem, mas remete à Mãe, a Virgem de Nazaré. Sente-se acolhido. Sente-se envolvido pelo amor misericordioso de Deus. Ali deixa a dor, o peso e renova a esperança e os sonhos de uma vida melhor. Quem vai ao encontro da Mãe, nunca retorna de mãos vazias. “Um breve instante condensa uma viva experiência espiritual.” (DAp 259).

Formar comunidade com Maria

Em nossas comunidades e em nossas famílias sempre encontramos uma imagem de Maria. Isto porque, “como na família humana, a Igreja-família é gerada ao redor de uma mãe, que confere ‘alma’ e ternura à convivência familiar.” (DAp 268). Maria é inspiradora de um jeito de formar comunidade. Com ela o cristão aprende a ser discípulo do Filho. Ela congrega e aponta para o Filho: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” (Jo 2,5). Temos a sua companhia que nos ensina a sermos acolhedores e misericordiosos. Comunidades para cultivar nossa fé, para escutar e meditar a Palavra, para celebrar a Eucaristia, para formar amigos e para viver a caridade. Uma comunidade cristã será sempre uma comunidade mariana.

Servir como Maria

Maria, como ícone da Igreja, nos recorda que o cristão é servidor. Ele é “a serva do Senhor.” (Lc 1, 38). Ela não ficou indiferente quando na festa de Caná faltou vinho (cf. Jo 2,3) e permaneceu solidária, diante da cruz do Filho (Jo 19, 25). Sim, a comunidade dos cristãos deve cuidar e promover a vida. Não podemos, depois de nos encontrarmos como Cristo na sua Palavra e na Eucaristia, ficarmos indiferentes ao Cristo que sofre nos mais pobres. Procuremos nos perguntar: que situações de sofrimento existem próximas de nós, que pedem nosso cuidado e atenção? A caridade é a marca distintiva do cristão: ou vivemos a caridade ou não somos cristãos.

Bem-vindos, romeiros de todas as paróquias da Diocese e de tantos outros lugares! Maria, Nossa Senhora de Fátima, interceda pelas necessidades de cada um. Na sua companhia e com seu exemplo, formarmos comunidade servidora da vida.

Postado em 10 outubro 2015 07:26 por JEAcontece
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