Um mês depois de trocar de partido pela quinta vez em pouco mais de um ano, deixando o PSC para ingressar no PSDB, partido com forte ligação com o tradicionalismo e o meio rural, o deputado estadual Rodrigo Maroni, anunciou que vai protocolar, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, um projeto de lei para acabar com os rodeios gaúchos.

Segundo ele, as festas campeiras não têm origem na cultura de campo, sendo “importados” dos Estados Unidos. Ele ainda considera os eventos um absurdo por terem animais derrubados, podendo ficar tetraplégicos, e também maltratados.

A Rádio Uirapuru conversou com o coordenador da 7ª Região Tradicionalista, Verceli de Oliveira, que analisou o anúncio e definiu a ideia do deputado como sem fundamento. Na visão do coordenador Verceli, o deputado só queria chamar a atenção e fazer com que o tradicionalismo desse uma resposta para ele. O projeto como um todo além de ser um absurdo, não serve dentro da ala dos gaúchos e tradicionalistas. Disse ser preciso diferenciar o que é um rodeio e tiro de laço. Isso porque na região os gaúchos praticam a modalidade de tiro de laço e possuem todo um organograma com regras rígidas e que são estabelecidas pela secretaria Estadual de Agricultura e pelo setor de veterinária.

Todos os competidores são muito cobrados e não são aceitos animais mancando, machucados, deficientes e até mesmo muito magros. Tanto os cavalos, quanto os bois. Os tradicionalistas possuem todas essas preocupações e seguem as normas. Por isso, conforme Verceli, o projeto do deputado estadual Rodrigo Maroni, é um absurdo e o parlamentar não tem conhecimento da causa.

Rádio Uirapuru