Contribuinte poderá pagar mais Imposto de Renda em 2015

Postado em 26 novembro 2014 07:04 por JEAcontece
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Medida provisória que corrige faixas em 4,5% deixou de valer em agosto

O contribuinte poderá pagar mais Imposto de Renda (IR) em 2015 caso a tabela progressiva não seja reajustada. A medida provisória (MP) que corrigia o valor das faixas em 4,5% no próximo ano deixou de valer no fim de agosto e o governo ainda não enviou ao Congresso um novo texto propondo a atualização. O temor é que a mordida do Fisco fique maior e chegue a o bolso de mais gente.

O tempo hábil para a aprovação de uma nova MP ou projeto de lei ainda em 2014 é curto: os parlamentares entram em recesso no dia 23 de dezembro. A falta de reajuste aumentaria ainda mais a defasagem da tabela em relação à inflação, um descompasso que cresce ano a ano.

De 1996 a 2013, a defasagem acumulada foi de 61,42%, segundo cálculos do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional). Uma discrepância que pode subir para 64,36% em 2014, caso a inflação feche o ano em 6,4%, como preveem os economistas consultados pelo Banco Central. O fato de a tabela do IR estar sendo corrigida por um percentual inferior à inflação já faz com que o contribuinte pague mais imposto a cada ano, afirma Leandro Souza, da consultoria Ernst & Young.

O governo ainda tem a possibilidade de aprovar a correção ao longo de 2015, criando duas tabelas para o mesmo ano e depois corrigindo a diferença no ajuste anual. “E a restituição ainda poderia ser liberada somente em dezembro, ampliando o prazo de espera para quase dois anos”, explica Souza.

A defasagem da tabela ainda se soma aos aumentos acima da inflação aplicados ao salário mínimo. Em 2014, houve um reajuste de 6,78% no piso nacional, contra uma correção de 4,5% do Imposto de Renda. Para 2015 está prevista uma elevação de 8,8% nos salários, ante uma correção ainda incerta das faixas do imposto. O resultado disso é o aumento da tributação sobre o assalariado.

Em 1996, a isenção do IR beneficiava quem recebia até oito salários mínimos, elação que despencou para 2,47 em 2014 e pode chegar a 2,27 em 2015, caso o IR não tenha nenhum tipo de atualização. Sendo assim, brasileiros que antes eram isentos por causa da baixa renda vão paulatinamente ingressando na condição de contribuintes.

(Correio do Povo)

Postado em 26 novembro 2014 07:04 por JEAcontece
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