Como deverá ser o júri do Caso Rafael

Postado em 18 março 2022 10:09 por JEAcontece
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Caso Rafael: como deve ser o júri da mãe acusada de matar o filho em Planalto

Julgamento de Alexandra Salete Dougokenski, 34 anos, começa na próxima segunda-feira (21), e deve durar ao menos quatro dias.

O júri que decidirá o desfecho do caso da mãe acusada de matar o próprio filho de 11 anos poderá se estender por pelo quatro dias em Planalto.

O julgamento pelo assassinato de Rafael Mateus Winques, ocorrido em maio de 2020, está previsto para se iniciar às 9h30min de 21 de março, no Independente Futebol Clube. Segundo o Tribunal de Justiça, o julgamento deve ter, no máximo, quatro dias. A acusação e defesa estimam que possam ser necessários até cinco dias para que jurados concluam se Alexandra Salete Dougokenski, 34 anos, é ou não culpada pelo crime.

A complexidade do caso é o principal fator apontado por ambas as partes para que o julgamento, ainda que seja direcionado somente a uma ré, tenha duração longa.

O volume de provas é bem extenso, acima da normalidade. Isso em razão de um trabalho muito bom feito pela polícia. Foram investigadas todas as linhas possíveis para o desfecho desse caso, ouvidas muitas pessoas, realizadas perícias. Além disso, a expectativa é de que as testemunhas comecem a ser ouvidas já no primeiro dia do júri. Mas não há prazo para que essas oitivas se encerrem, já que, além do relato, cada parte pode fazer perguntas. Após todas as testemunhas serem ouvidas, será a vez do interrogatório de Alexandra. A estimativa do criminalista Jean Severo, um dos advogados responsáveis pela defesa, é de que o relato da mãe do menino possa durar até um dia inteiro de sessão.

Alexandra está presa desde maio de 2020, quando confessou ter assassinado o filho e indicou o local onde o corpo estava escondido em uma caixa de papelão, na garagem de uma residência vizinha. A mulher está detida preventivamente atualmente no Presídio Madre Pelletier, em Porto Alegre, mas durante o júri deverá ser mantida, durante a noite, em horário de intervalo das sessões em uma casa prisional nos arredores de Planalto.

O acesso ao local do julgamento se dará às 9h, mediante a entrega de senha. O clube localizado na Rua Dom Pedro II, número 630, na área central de Planalto, foi escolhido para realização do júri em razão do espaço limitado no Fórum. Foram disponibilizados ao todo 67 lugares, sendo 15 para veículos de imprensa, cinco para a imprensa do Ministério Público, cinco para estudantes de Direito, dois para representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 15 para familiares e 25 para o público em geral. Para ingressar no local, é obrigatória apresentação de passaporte vacinal e uso de máscara, além de respeito do distanciamento.

CRIMES

Alexandra é acusada de homicídio qualificado, por motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, pelo fato de o corpo do menino só ter sido localizado 10 dias após a morte.

Ela também responde por falsidade ideológica, por ter comunicado o desaparecimento da criança, mesmo sabendo que ele estava morto, e por fraude processual porque é acusada de ter alterado um calendário marcando uma data como forma de levar a polícia a acreditar que Rafael pudesse ter fugido.

Para a acusação, Alexandra matou o filho por estrangulamento dentro do quarto da criança e depois levou o corpo até a garagem da casa vizinha. Depois disso, a mulher teria forjado o desaparecimento do filho procurando o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, onde afirmou que o menino havia desaparecido de casa. O corpo só foi encontrado após ela confessar o crime à polícia, inicialmente a mulher disse que havia matado Rafael sem querer, por ingestão de medicamentos para dormir, mas a perícia apontou outra causa para a morte: a asfixia.

AS PARTES

  • Judiciário – juíza Marilene Parizotto Campagna, titular da Comarca de Planalto presidirá o julgamento.
  • Ministério Público – promotores Diogo Gomes Taborda e Michele Taís Dumke Kufner.
  • Assistente de acusação – os advogados Daniel Tonetto, Tiago Carijo da Silva e Humberto Ramos Zweibrucker.
  • Defesa – advogados Jean de Menezes Severo, Marco Aurélio Dorigon dos Santos, Filipe Décio Trelles, Gustavo Nagelstein, Tomas Antonio Gonzaga, Joana Darque Ribeiro Gomes Segala e Mayra Juppa.

 

A Rádio Uirapuru estará acompanhando de perto o julgamento direto de Planalto e você fica bem informado através de nossas redes sociais e também sintonizando 102.5 FM no seu Rádio. 

 

Postado em 18 março 2022 10:09 por JEAcontece
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