Conforme o Comandante-Geral, Coronel César Eduardo Bonfanti, as 93 guarnições do Corpo de Bombeiros no RS receberão veículos de resgate e de combate a incêndios

Após dois anos da desvinculação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar no Rio Grande do Sul, a corporação segue seu planejamento estratégico com o fortalecimento das guarnições espalhadas pelas 93 cidades do Estado, onde há unidades do Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

Um exemplo desse planejamento aconteceu na semana passada, quando o CBM de Carazinho recebeu uma viatura móvel de resgate. Na ocasião, o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, Coronel César Eduardo Bonfanti, esteve presente e conversou com os bombeiros que atuam na cidade carazinhense e imprensa.

“Nós temos todo um passado junto à Brigada Militar que nós respeitamos. Tivemos um crescimento bastante grande, trazemos vários quesitos de hierarquia, disciplina e administração da BM, mas, nesses dois anos também já tivemos avanços significativos. Já definimos o nosso planejamento estratégico dentro do Estado e na região Norte e esse planejamento já se refletiu na guarnição de Carazinho, com a entrega da viatura de resgate que vai atender a comunidade carazinhense e regional”, destaca o comandante.

Em nível de Estado, a principal meta a ser cumprida pelo comando-geral do CBM gaúcho nos próximos anos é oferecer a todas as 93 unidades dos Bombeiros um caminhão de combate a incêndios e uma ambulância para atendimentos de emergência.

Incremento de efetivo
Outro grande objetivo do Corpo de Bombeiros Militar é buscar um incremento de efetivo para prestar os atendimentos à população, tanto em casos de emergência, quanto para vistorias e fiscalização de edificações. Nesse aspecto, o comando espera que o Governo do Estado chame mais profissionais do concurso já realizado.

“Nós temos previsto a inclusão de 300 novos servidores. Já tivemos a inclusão de 150 neste ano e agora serão chamados mais 300 servidores, muito provavelmente em 2020. Com isso, poderemos reforçar as nossas guarnições de serviço e melhorar o atendimento às nossas comunidades em todos os aspectos, tanto na área de prevenção, quanto no atendimento emergencial”, informa o Coronel Bonfanti.

Fiscalização menos burocrática
A rotina de trabalho do Corpo de Bombeiros também deverá sofrer algumas alterações com os vários projetos de reformas que estão sendo propostos pelo governo estadual. Entre eles, um que se destaca é o da liberdade econômica, que entre outros aspectos, também reduz a burocracia quanto à emissão dos Planos de Prevenção Contra Incêndios (PPCIs). Nesse ponto, o comandante-geral do CBM gaúcho frisa que a atual legislação estadual já é bastante flexível.

“A nossa legislação no Estado do Rio Grande do Sul já é uma legislação que facilita e muito os pequenos empreendedores a terem o alvará do Corpo de Bombeiros. Por exemplo, hoje a nossa legislação já permite que prédios de risco baixo e médio, de até 200 metros quadrados, tenham uma certificação na qual o proprietário entra no site do Corpo de Bombeiros, informa que ele possui itens como extintores de incêndio, sinalização, iluminação e ainda atesta que conhece o uso desses equipamentos e já consegue a liberação. Ou seja, ele só certifica a existência desses equipamentos e em dois dias ele já recebe a certificação do Corpo de Bombeiros sem a necessidade de uma vistoria”, expõe o Coronel.

Essa facilidade também ocorre em edificações consideradas de médio porte, com baixo risco.

“De 200 metros até a 750 metros, também há uma simplificação do processo. O proprietário segue os mesmos trâmites da construção de risco baixo, sendo de sua responsabilidade prestar as informações e também sem a vistoria por parte do Corpo de Bombeiros. Já aquela edificação que tenha risco médio, aí sim tem que ter uma ART de um engenheiro ou arquiteto. Mas, em no máximo cinco dias ele já tem o processo com alvará do Corpo de Bombeiros liberado de forma online”, explica.

Apesar disso, técnicos do Corpo de Bombeiros estão analisando as novas regras que tramitam pela Assembleia Legislativa do Estado (AL-RS).

“De um modo geral, nos pequenos empreendimentos, de até 750 metros quadrados, o Estado do RS já está bem adequado à nova legislação. Mas, ainda existem algumas questões que precisam ser adaptadas, porque a nova legislação que tramita na AL-RS diz que pequenos empreendimentos não precisam de nenhum licenciamento para abrir. Por isso, estamos estudando essas alterações legislativas”, conclui o comandante-geral do CBM.

Diário da Manhã