Colheita avança na mesma medida dos problemas do Brasil

Postado em 20 abril 2013 08:48 por JEAcontece
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A espetacular carga tributária imposta por nossos ilustres governantes é o retrato fiel do que se observa no país. Os contrastes entre grandes investimentos somados às filas para uma simples consulta médica emperram um avanço digno da população rumo ao progresso.

A superprodução gaúcha de soja, que deveria injetar uma enxurrada de capital financeiro no estado capitalizando de vez o produtor e incentivando a abertura de novas empresas e novos créditos, tem a maior parte de sua margem diluída entre impostos, má condições nas estradas, filas intermináveis em terminais de descargas e desinteresse de encontrar soluções.

“Acho lindo carro na rua, estou faturando”. Essa afirmação da gloriosa presidente da Petrobrás ao jornal Zero Hora do último domingo (14), é de indignar qualquer cidadão brasileiro, seja da oposição ou da situação. O tempo perdido em logística, seja ela no transporte de alguma carga ou na simples locomoção entre dois lugares, poderia ser utilizado para maximizar as riquezas do nosso país.

Essa forma de pensar de nossas autoridades nos demonstra o tão distante estamos do raciocínio de potências como Estados Unidos, Alemanha, Japão ou China. Realmente nossa economia só está crescendo devido a grandes reservas de matérias primas naturais e ao empenho e esforço de trabalho da população de determinadas regiões da nação.

A caminhada rumo à finalização da colheita de uma das maiores safras da história do Rio Grande do Sul nos revela as duas caras da moeda. O lado bom, onde os investimentos em tecnologia somados com as chuvas em abundância proporcionaram lavouras com produtividades recordes e o lado que ainda precisamos encarar, exemplificado principalmente pelas péssimas condições de logística, deficiências nas armazenagens e desproporcionalidade de ofertas e abastecimentos em diferentes estados do país.

Volatilidades nos preços deveriam ser encaradas com naturalidade, uma vez que as margens de lucratividade poderiam ser bem maiores caso não existissem esses empecilhos. Porém, são encaradas como oportunidades de minimizar os prejuízos e garantir uma rentabilidade um pouco melhor, já que as despesas e custos aumentam de forma desproporcional.

Pois bem, vamos lá. À medida que nos aventuramos em produzir cada vez mais e melhor e comercializar de forma mais segura, nos deparamos com os mais diversos problemas. Isso já é histórico. A alternativa segue sendo tentar procurar o melhor caminho correndo o menor risco e garantindo a continuidade da alimentação no mundo.

João Pedro Corazza
Gerente comercial de negócios de commodities da Agroinvvesti (Passo Fundo)

Postado em 20 abril 2013 08:48 por JEAcontece
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