O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, estima que o setor industrial só retomará o crescimento no Brasil no ano que vem, impulsionado por medidas do governo que começarão a surtir efeito no segundo semestre deste ano.
Segundo resultados divulgados na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todas as riquezas produzidas no País), a indústria foi o único setor da economia a registrar queda em relação segundo trimestre do ano passado. A agropecuária cresceu 4,9% e o setor de serviços, 0,7%. Já a indústria teve retração de 2,5%.
“A indústria está recuperando agora no segundo semestre, a expectativa nossa por todas as pesquisas que temos é que vamos chegar, ao final do ano, com um crescimento que vai permitir que, no próximo ano, a indústria cresça em torno de 4% a 4,5% no próximo ano”, disse Robson Andrade.
“Nós estamos recuperando por diversos motivos. As políticas adotadas pelo governo, pela queda dos estoques das empresas. Tudo isso está fazendo com que a indústria se recupere. Tanto que ainda não está havendo demissões nos setores, por causa dessas expectativas de melhoria no segundo semestre”, explicou.
De acordo com Andrade, que visitou nesta manhã o Palácio do Planalto para uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, o período mais turbulento para a indústria foi o fim do ano passado e o início deste ano.
“Nós realmente sofremos no final do ano passado e no início desse ano, por problemas da crise europeia, por problemas nossos, por problemas de competitividade das empresas, mas as medidas estão sendo tomadas e eu acho que começam a surtir efeitos. Por exemplo, a desoneração da mão de obra foi implantada na realidade a partir de 1º de agosto, tem efeito nas empresas a partir de setembro”, ponderou.
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